Pauta
- Contribuições da Sonora para o WISWOS 2016 – reflexões sobre as perguntas endereçadas a Lilian Campesato:
1.1. De que maneira os sistemas educacionais influenciam jovens garotas impedindo-as de se dirigir aos campos da ciência, tecnologia, artes e engenharias com som e composição? Como isso pode ser modificado / melhorado?
S: Entre vários aspectos citamos, por exemplo, o fato de que até meados de 1970 no Brasil o ensino fundamental não era misto em todas as escolas e as matérias ligadas à ciência e tecnologia eram mais incentivadas aos meninos. A escassez de modelos femininos em posições de mais destaque e poder e posturas misóginas de alguns professores, desqualificando os trabalhos das alunas ou mesmo negligenciando sua presença na classe, é outro fator. Nota-se também a existência de um direcionamento, ainda que velado, para que a mulher aceite sem questionamentos sua posição de mãe e responsável pela boa organização doméstica.
1.2. O que acontece nas salas de aula de música (composição) / engenharia de áudio, música e tecnologia, etc?
S: Como foi dito no item anterior, alguns professores assumem posturas que inibem a participação de alunas numa classe mista. Ainda assim houve um aumento no número de mulheres que frequentam estes tipos de curso nos últimos anos, motivado pelo aumento de professoras mulheres e de modelos femininos.
1.3. Em que ponto (quando) observamos uma mudança do mesmo nível de interesse (em relação aos meninos) para pouco interesse (nessas áreas e aulas)?
S: Alguns músicos têm demonstrado interesse por discussões e posicionamentos voltados a questões de gênero, mas que o foco destas discussões não coincide com o pretendido pelas mulheres.
1.4. Que iniciativas já existem para encorajar as garotas a participar / se envolver?
S: Atualmente existem oficinas e cursos para mulheres em áreas que envolvem o uso de tecnologia, às vezes com oferecimento de bolsas de estudos por instituições. Mas ainda é preciso dar mais visibilidade às mulheres na música, em todas as suas vertentes. É preciso educar para a diversidade.
1.5. O que podemos e o que não devemos fazer a esse respeito?
S: Salientamos a importância de as mulheres retornarem aos espaços em que se sentiram isoladas em suas trajetórias, oferecendo modelos femininos e feministas às novas gerações.
2. Carta de repúdio – foi conjecturado colocar a carta no site da Sonora e pensar em um evento/performance/artigo ou qualquer outra forma de apropriação deste material com fim de divulgar e refletir sobre ataques do tipo que a rede sofreu.
3. Carta a Anppom – foi postada na lista da ANPPOM por Tania Neiva.
4. Atualização do site – dada a grande quantidade de assuntos deste encontro não foi possível contemplar este item das pauta.
Tópicos abordados
- Visita ao Núcleo Consciência Negra – ficou combinado que Mariana entraria em contato com membros do núcleo para programar uma visita da Sonora.
- Organização de possível entrevista com Djamila Ribeiro na serie Visões (dia 2/5?), fazendo um contraponto com Antonilde Rosa.
Planejamento da próxima reunião – dia 25/04/2016 (GE)
- Decidiu-se que dia 18/04 não haverá encontro. Eliana ficou de avisar ao grupo por email.
- Para o encontro do dia 24/04 foi selecionado o texto “Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade” de Bell Hooks. Davi ficou responsável por apresentar o texto e fazer o post.
- Eliana se prontificou a fazer a chamada da reunião do dia 25/04 no grupo do gmail.