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Ata do evento Escuta: com a Big Band Jazzmin’s – 01/07/2019

A segunda edição da serie “Escuta:”, promovida e organizada pela rede Sonora – música e feminismos, recebeu no dia 1º de julho a big band Jazzmin’s, formada exclusivamente por musicistas mulheres. Idealizada pela pianista Lis de Carvalho e pela saxofonista Paula Valente, a big band estreou em 2017 na 7ª edição do Festival Jazz na Fábrica no SESC Pompeia, e vem se apresentando em importantes salas e eventos do país. O projeto nasceu quando Lis e Paula, em suas carreiras musicais e docentes, perceberam a ausência de espaço ocupado por mulheres neste tipo de formação instrumental.

A Jazzmin’s integra 17 musicistas, de idades variadas, e contempla, entre outros, o repertório jazzístico brasileiro. Por falta de partituras suficientes, muitos compositores dedicam obras a elas, o que faz com que a big band incentive também a criação de repertório no gênero. O evento “Escuta:” se deu no Espaço das Artes da USP, e teve um tempo dedicado a conversa com a plateia. Muitas foram as questões dirigidas às integrantes, abarcando desde questões práticas da atividade profissional da música até assuntos ligados às dificuldades e desafios próprios do gênero feminino. Um deles é a maternidade, já que várias das integrantes são mães e contaram como administram as atividades musicais paralelamente às pessoais e familiares.

Integram a Jazzmin’s as instrumentistas Marta Ozzetti (flautas), Lais Francischinelli (clarinete), Fabrícia Medeiros (clarinete, clarone), Paula Valente, Bia Pacheco, Mayara Almeida e Tais Cavalcanti (saxofones), Kelly Vasconcelos (trompa), Grazi Pizani e Estefane Santos (trompetes), Cindy Borgani e Sheila Batista (trombones), Carol Oliveira (vibrafone), Lis de Carvalho (piano), Renata Montanari (guitarra), Gê Cortes (baixo) e Priscila Brigante (bateria). Para o “Escuta:” elas convidaram a acordeonista Aline Falcão, que participou em algumas peças. A produção é feita por Amália De Vincenzo, tendo como assistente Mari De Vincenzo.

Algumas das peças apresentadas no programa foram:

  1. Passarinho impertinente – Nenê
  2. Doralice – Dorival Caymmi (arr. Tiago Costa)
  3. Fácil Vem – Newton Carneiro (comp. e arr.)
  4. Quando te vejo – Rodrigo Morte (comp. e arr.)
  5. 7 x 1 – Gê Cortes
  6. Canção Amiga – Milton Nascimento (arr. Luca Raele)
  7. Lamento Sertanejo – G. Gil e Dominguinhos. Participação Aline Falcão (acordeon)
  8. Frevo in changes – Gê Cortes. Participação Aline Falcão (acordeon)

A produção do evento foi feita por integrantes da rede Sonora com auxílio de membros do NuSom, núcleo que nos apoia permanentemente. Algumas imagens do evento podem ser conferidas aqui:



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Escuta: Jazzmin’s

Pioneira por ser um grupo exclusivamente feminino, a Jazzmin`s reúne 17 instrumentistas de várias tendências musicais e de diferentes gerações. Idealizada pela saxofonista Paula Valente e pela pianista Lis de Carvalho, esta bigband surge a partir de suas experiências como professoras da EMESP, quando perceberam a necessidade e importância de abrir espaços para a expressão feminina dentro da música instrumental. Apresenta uma sonoridade particular, por ter em sua formação: vibrafone, clarinete, clarone, trompa e flautas, além dos instrumentos tradicionais de uma bigband. O repertório é voltado à musica brasileira e apresenta composições originais e arranjos feitos especialmente para esta formação. Marta Ozzetti (flautas) Lais Francischinelli, (clarinete) Fabrícia Medeiros (clarinete, clarone) Paula Valente, Bia Pacheco, Mayara Almeida e Tais Cavalcanti (saxofones) Kelly Vasconcelos (trompa) Grazi Pizani e Estefane Santos (trompetes) Cindy Borgani e Sheila Batista (trombones) Carol Oliveira (vibrafone) Lis de Carvalho (piano) Renata Montanari (guitarra) Gê Cortes (baixo) Priscila Brigante (bateria) Produção: Amália De Vincenzo Assistente de Produção: Mari De Vincenzo

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Projetos

CRÉDITOS DO PROGRAMA 1 DA SONORA – Entrevista com Alma Laprida e Valéria Bonafé

Vinheta do programa

Marina Mapuranga

I-131 (2017): Peça radiofônica

Trabalho comissionado pelo projeto Weaving music for radio (UNESCO).

Participação: Vinicius Portes (bombo), Débora Bergamo (voz), Ricardo Ross (flauta), Sergio Albach (clarinete), Dhiego Lima (violino) e Shante Cabral (violoncelo).

Vozes de Valéria Muelas Bonafé, Maria Angélica Bonafé, Maria de Lourdes Cardoso, Cristina Maria de Campos Bonafé, Margarete Maria de Campos Bonafé, Daniela Muelas Bonafé, Mariana da Silveira Bonafé e Maria Izabel Bonafé Fugimori.

Colaboração: Paulo Assis.

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Operacional

Ata da reunião de 24/06/2019 – Operacional

Informes

  • Chico falou da Anna Talebi, que vai se apresentar no EDA no mesmo dia das Jazzmin’s (1/7). Parece que ela vai usar outra sala e à tarde, mas será no mesmo período em que vamos montar e passar o som das Jazzmin’s. Precisamos ver como um evento não atrapalha o outro.
  • Após conversa, a Ana Talebi disse que vai adiantar a apresentação dela.

Radio

  • Manon ficou de terminar o podcast esta semana.
  • Gravação com a Carol foi feita hoje.
  • Mariana já inscreveu no projeto da Bolívia.
  • Manon e Mari já receberam as fotos da Alma Laprida da Valéria Bonafé para a capa do programa no soundcloud.
  • Soundcloud: como não temos conta paga, pode-se usar o gratuito que dá direito a 3 horas de gravação por ano.

Concerto das Jazzmin’s

  • A separação dos materiais com o Pedro foi pensada para sexta-feira a partir das 14:00 hs no CMU.
  • Definir equipe da sexta e da segunda:

Sexta a partir das 14:00: Eliana, Pedro, Tide, Marina, talvez Carol.

Segunda de manhã (a partir das 10:00): Chico, Dani, Tide, Pedro (Tide), Marina, Lilian (talvez).

Segunda a tarde (a partir das 14:00): Eliana, Carol, Guilherme, Tide, Lilian, Manon, Davi (talvez).

Terça tem que vir arrumar os materiais nas salas. Quem pode?

  • Cartão de memória: Marina tem 2 de 32 GB. Ela ficou responsável por ver o que tem de material ou ir atrás com o pessoal do NuSom.
  • Go pro: 3, do Rui, do NuSom e da Marina.
  • O ensaio das Jazzmin’s na segunda precisa ser marcado com elas (já foi enviada mensagem).
  • Eliana fez roteiro de perguntas (conversa).
  • Carol vai ficar na gravação de vídeo. Talvez Lucia.
  • Lilian, Tide e Manon vão gravar o áudio. Se a Manon quiser trazer o computador dela para gravar com o Logic pode ser.
  • Valéria poderia ficar na apresentação do evento, das meninas e tal.
  • Eliana ficou de ligar para o Marçal para confirmar tudo. É preciso perguntar o que tem:

1. estantes (20)

2. 1 mesa para som e 2 mesas para comidinhas

3. cadeiras (o que tiver)

4. Confirmar a chegada as 10:00 hs no dia 1/7.

5. Ver se pode servir comidinhas e café no espaço.

Projeto NuSom

  • Tide mandou lista com estimativa de preços dos equipamentos para email da Sonora. Falta orçar alguns itens.
  • Foi enviado um docs para que todxs colaborem e ampliem a lista.

Carta do trocador

  • Valéria mandou?
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Ata da reunião de 17/06/2019 – Operacional

Informes

  • Orçamento projeto NuSom. É preciso listar equipamentos para o projeto Sonora/NuSom e colocar alguns orçamentos, para a semana que vem. Tide ficou de pensar e ver alguns preços, mas todxs precisam levantar necessidades. Mandar por email à Lilian, pelo grupo novo.
  • Carta Fraldário: foi redigida uma carta para ser enviada à Direção da ECA, requisitando a colocação de um trocador na ECA. A carta foi lida na reunião. Foi sugerido enviar a carta, inicialmente, ao Diretor da ECA e, num segundo momento, ampliar a divulgação desta carta. Foram feitas algumas considerações ao texto e ficou combinado de enviar a carta em nome da Sonora, pelo email da rede.
  • Foi sugerido fazer uma nova roda de conversa sobre maternidade no segundo semestre, bem como pensar em GEs e eventos em torno do assunto. Valeria pesquisou o tema maternidade e vida acadêmica e descobriu vários artigos e trabalhos sobre a temática.
  • Mariana contou sobre o convite que recebeu para mandar o programa de radio para um projeto da Bolívia. Este projeto deve ser enviado até dia 20/6.
  • Foi falado sobre a definição da rede Sonora no site, que está defasada do que acontece atualmente em termos de atividades, posicionamentos, além da própria equipe organizadora das atividades regulares.

Concerto das Jazzmin’s

  • Para a produção do concerto, foi sugerido elaborarmos um plano A ideal e um plano B, mais emergencial. O espaço tem cadeiras, não para todas as pessoas do público, mas para as mais idosas. A juventude pode sentar no chão, se precisar.
  • Podemos disponibilizar a mesa de som Maki 1604 (com 4 subgrupos), multicabo, cabos longos, pedestais, microfones e caixas de som amplificadas. Tudo tem que ser preparado na sexta-feira a tarde. Na segunda precisamos vir com carros para transportar tudo para o EDA.
  • Precisaria pedir um cubo para a equipe do EDA.
  • São 17 musicistas.
  • Marina ficou de fazer o flyer e cartaz.
  • Eliana ficou de imprimir cartazes. Quem vai espalhar pela USP?
  • Mariana ficou de criar o evento no facebook.
  • Eliana ficou de postar no site.
  • Manon fez o rider do concerto.
  • Definir equipe da sexta-feira 28/6 a partir das 14:00 hs.
  • Eliana ficou de ligar para o João Bandeira para pedir a Sala de Música do EDA desde o período da manhã. A montagem teria que ser feita na segunda de manhã, para que as Jazzmin’s pudessem ensaiar a partir das 14:00 hs. O concerto será as 18:00 hs. Caso não possamos entrar de manhã na sala, o concerto terá que ser à 19:00 hs.
  • Equipe da segunda tem que chegar de manhã. A noite também precisa da equipe para desmontar tudo e levar os materiais de volta.
  • Lucia precisa ser escalada para filmar.
  • Eliana ficou de preparar um roteiro de conversa com as Jazzmin’s e trazer na semana que vem.
  • Carol poderia ver se o pessoal do CRUSP iria ao concerto.
  • É preciso verificar como podemos servir café e comidinhas, se há mesa no local, etc.

Radio

  • As gravações sobre os assuntos que faltavam foram realizadas com êxito. Manon e Mariana se responsabilizaram por editar e colocar tudo no formato de podcast.
  • Manon falou sobre a possibilidade e o desejo de divulgar esse podcast via soundcloud para ampliar o alcance, inclusive para outros países.
  • Foi sugerido que Manon enviasse o podcast por email, para que todxs pudessem ouvir várias vezes em casa e trazer suas impressões na reunião que vem.
  • Para a capa do programa no soundcloud, foi pedido uma foto da Alma Laprida e uma da Valéria Bonafé.
  • O soundcloud teria o nome Sonora – músicas e feminismos, e cada podcast teria o título “Episódio 1”, “E2”, etc.
  • Carol precisaria gravar uma fala dizendo que os créditos e informações sobre intérpretes e equipe técnica responsável pelo programa estão disponíveis no link XXXX, que será o endereço do soundcloud da Sonora.
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Grupo de Estudos

Ata da reunião de 10/06/2019 – GE com Francisco L. Ribeiro. Texto: Lauren Olamina e eu nos portões do fim do mundo – Jota Mombaça.

Para este GE, Chico preparou uma leitura de tarot a ser realizada no início desta reunião. Porém esta atividade ficou para o final do encontro, depois das leituras e discussões.

A Jota é uma autora não binária que realiza estudos queer, mora em Lisboa, mas tem fortes raízes no nordeste do Brasil. Chico conta que ela nasceu em 1991. Em uma de suas biografias aparece a necessidade da leitura não como inserção no quadro intelectual dominante. Ela estuda teorias hipercríticas, mais diagonais.

Jota traduziu o livro Parable of the Sower, de Octavia E. Butler. O texto deste GE foi o ensaio-resenha que a autora escreveu para o livro, do qual Lauren Olamina é a personagem principal.

Chico fez algumas perguntas relacionando este texto com dois vídeos de Donna Haraway previamente escolhidos por ele: um fragmento e um trailer do documentário story telling for earthly survival. Ele cita outro vídeo desta última, realizado no Encontro “Os mil nomes de Gaia”.

Donna Haraway é antropóloga, autora de “A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century.” Ela tem um olhar fundado na religião.

De acordo com Chico, o princípio norteador desta exposição é a questão do fim do mundo. Jota se diz negra, num corpo que Chico chama de “monstro-política”. Ele pensou num texto curto para que possamos fabular sobre ele.

Chico diz que Donna Haraway faz uma imagem do fim do mundo com raiz em sua fé católica. Sua visão é diferente da de Jota no que diz respeito ao fim de mundo (Jota pensa em fins de mundo, no plural).

De alguma maneira este texto nos remeteu ao texto que lemos no último GE, Hydrofeminism. O anterior dizia respeito a um outro tipo de apocalipse, o do envenenamento das águas e, portanto, de todos os seres vivos.

Jota traz questões sobre ser negro(a), sobre políticas decoloniais, tempos múltiplos. Pensar no fim como continuidade da vida. Donna Haraway fala do tempo pós-colapso.

Chico formulou as seguintes perguntas:

  • O que é poder pensar o fim?
  • O medo do fim seria o medo do fim de uma realidade dominante? O pudor de lidar com o fim estaria relacionado ao modus operandi patriarcal e colonialista? Pensando em mitos raciais, de gênero, que são fundadores de uma historicidade dominante.
  • Modus fabulatórius. Os mundos fraturados fabulam a continuidade do fim. Negros(as) entraram no mundo acadêmico pelas fraturas dos sistemas.
  • As narrativas da palavra mulher também estão repletas de fraturas.
  • Estudos para fugas indefinidas, sem finalidade.

Sobre o vídeo da Donna Haraway, ela fala sobre a fabulação que existe na academia, e também das contadoras de histórias, como mães e/ou pais para filhas(os), etc.

Quando há pressões fascistas, estas impedem que se crie fins de mundos, cerceia a criação artística, impõe uma disputa de imaginário. A fabulação está ligada à liberdade, ou liberdades, como uma rebeldia. Surgem outras fabulações:

  • Existem muitas lógicas atuando ao mesmo tempo.
  • Temer o fim do mundo seria também superestimar a nossa espécie, como se fôssemos mais importantes que as demais espécies.

O tarot:

Chico pediu a cada uma de nós para pensar um desejo individual e um para o grupo. Tiraremos 2 cartas cada, olharemos sem virar, e dar a ele. Depois ele vai interpretar e nos dar a devolutiva.

É preciso tirar com a mão esquerda. Quem quiser começa. Num segundo momento ele vai misturar as cartas sem saber qual é de quem.

Chico fez uma leitura de todas as cartas no contexto da rede Sonora. Foi uma experiência muito intensa e interessante!

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Visões

Ata da reunião de 03/06/2019 – Visões – com o grupo Vozes Inaudiáveis

A rede Sonora recebeu hoje o grupo Vozes Inaudiáveis. Elas participaram da serie Visões, em que pessoas que estudam e trabalham com obras de mulheres contam sobre seus trabalhos.

Elas contaram como surgiu o grupo, com três integrantes, a partir do PET : Programa de Ensino Tutorial, coordenado pelo Prof. Maurício De Bonis, na UNESP. Este programa é apoiado pelo MEC para desenvolver atividades de extensão, com a finalidade de aproximar a universidade de outras comunidades não acadêmicas.

O grupo começou pesquisando compositoras na universidade, na biblioteca, em sites, fazendo um levantamento de quantas partituras eram disponibilizadas e outros aspectos ligados à temática. Foram entrevistar a compositora Denise Garcia, que lhes deu algumas partituras e incentivou o grupo a apresentarem uma peça vocal para quatro vozes. E assim a peça foi interpretada em recital por quatro cantoras.

O nome veio da questão de as mulheres compositoras terem suas vozes silenciadas, inaudíveis. Ao mesmo tempo, o grupo queria expressar a urgência de divulgar o quanto antes, o que parecia uma empreitada inadiável. A fusão destas ideias se configurou no título Vozes Inaudiáveis.

O grupo tem encontros semanais, em que organizam recitais com obras de mulheres, e fazem também intervenções pontuais na UNESP. Uma delas foi colar cartazes em locais visíveis do Campus, com dizeres como “Voce sabia que a irmã do Mozart era compositora? Já ouviu alguma obra dela?”.

Começaram a organizar recitais com repertório voltado às mulheres. O primeiro concerto, realizado na UNESP, se chamou “Concerto Delas”. Abriram uma chamada para alunxs e professorxs e receberam oito propostas, sendo a metade de autoria de membros do próprio grupo. Elxs acham que há bastante resistência por parte dxs intérpretes, devido, tanto ao preconceito, quanto ao acúmulo de atividades que elxs têm no currículo.

Outra atividade é a de colocar cartazes com fotos e biografias resumidas em cavaletes pela universidade. Também nas redes sociais o grupo interage, como a realização de “quizes” sobre compositoras e obras, semanalmente, no Instagram (todo sábado).

As “Vozes” também fizeram uma intervenção chamada “Onde não estão as mulheres na música”, em que colaram papéis coloridos com nomes de mulheres tidas como referências musicais na vida dxs alunxs. Contaram que se inspiraram na intervenção feita pela Sonora anteriormente. Foram preenchidos mais de cem papeis, que ficaram expostos na parede. A recepção foi, em sua maioria, positiva. Alguns alunos comentaram negativamente sobre a atividade, dizendo que o grupo queria somente chamar atenção.

Foi perguntado ao grupo se as mulheres participantes compõem. A resposta foi que poucas estudam composição, mas já houve peças delas executadas nestes recitais. O grupo citou a inibição em mostrar composições próprias no contexto das aulas e da universidade em geral. Foi consenso que alunas se sentem mais cobradas a apresentar resultados de alto nível do que os alunos.

O grupo “Vozes Inaudiáveis” não pensa em convidar professorxs porque imagina que estxs são muito ocupadxs para fazer parte. No início seus(suas) integrantes pensaram em abarcar também as artes plásticas, o que depois se mostrou excessivo. Uma professora das artes se interessou, mas depois o contato se esvaiu.

Em relação à música eletroacústica, o grupo disse que tem dificuldade para executar. Não há instrumentos e aparelhos disponíveis, e o laboratório é restrito ao uso de compositorxs ligados ao professor responsável.

As “Vozes” conheceram a compositora Nilcéia Baroncelli por meio do regente Lutero Rodrigues. Uma das integrantes pediu a ele referencias de compositoras e partituras. Lutero mencionou a Nilcéia como uma especialista no assunto, mas não passou seu contato. Coincidentemente, uma das meninas do “Vozes” foi assistir à orquestra de cordas Laetere, da regente Muriel Waldman, e encontrou a Nilcéia. Depois disso foi organizado um encontro com ela na UNESP, do qual Eliana participou representando a Sonora.

Apesar de se interessarem pela pesquisa sobre mulheres na música, as meninas do “Vozes” sentem que o mais importante é estar em grupo para atenuar as decepções e angústias. Chamaram algumas vezes o Coletivo feminista da UNESP para fazer grupos de estudo. Estas ocasiões não se repetiram muitas vezes. Foram lidos textos da Ângela Davis, entre outros.

O grupo se mobilizou também para realizar ações ligadas a Direitos Humanos. Porém, ao tentar discutir assuntos como assédio e violência na instituição perceberam que é um terreno pantanoso, apesar de encontrarem receptividade por parte da Comissão de Direitos Humanos do Instituto de Artes (IA).

Foi comentado como é complicado lidar com denúncias no Departamento. As pessoas que querem denunciar têm que assumir a autoria. Foram informadxs que a universidade não conta com assistência emocional, física ou jurídica. Ainda que a denúncia seja aceita, não há como impedir um professor ou colega de conviver com a pessoa que se sente vulnerável.

As “Vozes” citaram um contato que tiveram com a compositora Vania Dantas Leite, que faleceu antes que o grupo conseguisse organizar um concerto com suas obras. A Sonora também compartilha este interesse, para o que sugeriu fazer uma parceria entre os grupos. Lilian contou que travou contato com a família da compositora no fim do ano passado, mas que neste ano a conversa não foi retomada. Este é um desejo que pode ser realizado coletivamente.

Foi lembrado que, no ano passado, as “Vozes” vieram conhecer a Sonora. Perguntamos em que este contato reverberou para suas atividades. Foi mencionado que a Sonora tinha uma organização de atividades que inspirou o grupo a pensar suas ações.

As Vozes Inaudiáveis deixaram claro que têm muita energia e potência, em relativamente pouco tempo de atuação já fizeram diversas atividades. Estão de parabéns, e a todxs do grupo desejamos muito sucesso!!

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Visões

Visões – Vozes Inaudiáveis

Este grupo foi criado em consequência de questionamentos que acompanham suas/seus integrantes em sua rotina como estudantes de música. Em 2018 iniciaram o grupo no PET-Música Unesp, com a intenção de sanar essa demanda. Ao iniciarem este projeto não possuíam referências, mas aos poucos, neste último ano e meio, o grupo tem encontrado o seu lugar nessa luta. Tanto pela curiosidade em saber onde estão as mulheres na história desta arte, quanto pela pouca aparição delas no conteúdo ministrado nas academias e no repertório das salas de concerto.
O trabalho das Vozes Inaudiáveis se pauta, a partir de pesquisas e levantamento de repertório, em resgatar a vida e obra de compositoras históricas e atuais, estrangeiras e brasileiras, criando espaço para apresentação de quem está em atividade hoje. 
O intuito é trazer artistas e pesquisadorxs da área para realização de palestras, recitais (didáticos ou comentados) e mesas redondas, além de promover diversos atos de intervenção dentro do Instituto de Artes da Unesp e divulgação das suas pesquisas em plataformas digitais e físicas.

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Operacional Uncategorized

Ata da reunião de 27/05/2019 – Operacional

Nesta reunião estiveram presentes: Lilian, Tide, Mariana, Flora H., Eliana, Manon e Marisa e Chico. (nova). Flora G. participou por hangouts.

Informes

  • Mariana contou que ela e a Manon ouviram o programa de radio no fim de semana e levantaram questões sobre a produção.
  • Mariana e Lilian contaram sobre suas participações em eventos musicais na semana que vem.
  • Eliana contou sobre sua participação na reunião da CDH. Hoje ela se reuniu com alunxs da ECA para ouvir alguns relatos para encaminhar à comissão.

Sugestões

  • Manon: Diminuir as falas da Mariana e da Flora H. para deixar ouvir os sons do ambiente em que estavam (gatos, xícaras e talheres, etc.), ou inserir outros sons.
  • Flora falou sobre a questão da clareza sonora, para o caso de alguém ouvir no carro ou em outros locais em que o equipamento não é tão sensível.
  • Mariana sugeriu colocar transições entre as falas para tornar o programa mais interessante.
  • Tide sugeriu gravar um pouco de sons de fundo e depois colocar. São técnicas de edição.
  • Mariana contou que a casa da argentina Alma Laprida tinha muitos sons de água, uma torneira que não fechava bem, coisas assim.
  • Lilian sugeriu que na hora da montagem sejam feitos enquadramentos que priorizem determinados sons. Estes sons podem surgir separadamente em alguns trechos e misturados com outros em outras partes. Ela acha que tem muita fala e pouco tempo para perceber outros sons.
  • Manon disse que seria mais fácil editar as entrevistas uma de cada vez, com uma transição legal entre elas.
  • Mariana sugeriu começar com a conversa entre ela e a Flora.
  • Manon acha que falta uma conclusão para encerrar o programa, assim como dar créditos a quem participou.
  • Chico sugeriu que deixemos o pré-programa na página da Sonora do face, ou do site, para ouvir retornos e opiniões antes de finalizar.
  • Manon sugeriu fazermos uma versão que se possa baixar no celular.
  • Faltou gravar a bio da Alma Laprida.

Radio

  • Ouvimos o pré-programa editado por Flora H. e continuado por Manon, juntamente com Mariana.
  • Sentimos falta de algumas informações para situar o/a ouvinte, como a contextualização da composição da Valéria, por exemplo. Não deu para entender de que residência artística ela fala na entrevista, que tipo de tratamento ela estava fazendo quando compôs a peça, quais eram as condições.
  • Para introduzir as informações que faltam, Flora H. se dispôs a gravar.
  • Mariana sugeriu colocar o trecho em que ela fala com a Alma Laprida sobre a peça da Valéria Bonafé como transição entre as duas obras.
  • Para a conclusão, seria bom a Carol gravar, já que gravou as introduções às duas entrevistas.
  • Em relação ao próximo programa, foi sugerido fazer com a gravação realizada durante o Sonologia com a Ximena. Inclusive porque existe a gravação dela no próprio Sonologia, em boa resolução.
  • Lilian sugeriu que ouçamos esta entrevista para ver se está inteligível para quem não estava lá.
  • Carol ficou de vir à próxima reunião para gravar a conclusão, os créditos, onde o podcast vai ficar disponível, e agradecer às pessoas convidadas.

Calendário

  • 3/6 – Visões – com o grupo Vozes Ina(u)di(á)veis.
  • 10/6 – GE texto escolhido pelo Chico. Colocar no informe a elaboração da carta sobre o trocador e divulgação? Elaborar a carta sobre o trocador para a Diretoria e pensar na divulgação?
  • 17/6 – Operacional para radio.  
  • 24/6 – Preparar tudo para Jazzmin’s, incluindo flyer e divulgação.
  • 1/7 – Jazzmin’s no Espaço das Artes (confirmado) e Pizza!

Tarefas

  • Mariana e Manon ficaram responsáveis por montar um boneco do programa e trazer para o grupo.

Para a próxima reunião

  • Chico vai enviar texto por email.
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Grupo de Estudos

Ata da reunião de 20/05/2019 – GE com o texto “Hydrofeminism: Or, On Becoming a Body of Water, de Astrida Neimanis

Nesta reunião estiveram presentes: Lilian, Tide, Dani, Mariana, Marina, Ana Laura, Eliana, Manon e Marisa Millan (nova). Vanessa e Valéria participaram por hangouts.

Todas se apresentaram no início da reunião.

GE

  • Mariana apresentou rapidamente o texto, falando que o conheceu quando estava em sua residência artística na Espanha. Mariana conheceu uma australiana, que sugeriu este texto num grupo de estudos lá, do qual participavam várias residentes como ela. O texto é de 2012.
  • Lilian falou dos tópicos que marcou em sua leitura:
  • Introdução
  • Lógica hídrica
  • Feminism leaks
  • Membrana e viscosidade
  • Pós-humanismo (more than human)
  • Ecotone (espécie de mangue?)
  • Transcorporeal creep
  • Hydrofeminism
  • Vanessa levantou os seguintes pontos: a conexão com o feminismo francês, que migrou para a Austrália na década de 1960. Estas autoras que Astrida cita – Helene Cixous, Luci Irigaray e Trinh Minh-há -, estavam estudando em Paris e têm uma genealogia diferente da estadunidense. Estavam estudando um feminismo que vinha da psicanálise. Estavam preocupadas com a política mas não só, uniam a questão indígena, ambiental, etc. Estas questões são australianas, não existem na França ou nos EUA. Foram estas autoras que influenciaram Astrida a procurar os vínculos com a água. Há um movimento intergeracional e transnacional.
  • Vanessa explicou que este grupo australiano gerou ao menos 4 grupos: o francês, o espanhol, o holandês e o italiano. É uma abordagem diferente das demais teorias feministas. Tem elementos da cultura queer, da dança e de outras áreas.  
  • Dani lembrou das culturas afro-brasileiras e de como a “umidade” da mulher a torna receptiva. Ao mesmo tempo, a estagnação criativa na mulher tem a ver com a estagnação das águas contaminadas (Dani lembrou do México, etc.).
  • Manon contou como chegou ao Brasil e percebeu a diferença entre o feminismo europeu e o brasileiro (latino-americano).
  • Chico observou que a autora fala de fluidez, mas também fala de separação, como as gramíneas do ecotone.
  • O grupo levantou a questão de quão relevante é discutir questões mais particulares quando existem problemas muito maiores que pedem medidas urgentes. Mas pensamos que estas coisas também são importantes.

Calendário

  • 20/5 – GE com texto Hydrofeminism. Colocar no informe a elaboração da carta sobre o trocador e divulgação.
  • 27/5 – Conversa sobre a radio e escuta do 1º programa. Elaborar a carta sobre o trocador para a Diretoria e pensar na divulgação.
  • 3/6 – Vozes Inaudiáveis (confirmado).
  • 10/6 – Teca convida Delalande (com NuSom). GE texto Chico.
  • 17/6 – Operacional para radio.  
  • 24/6 – Preparar tudo e mais flyer e divulgação Jazzmin’s.
  • 1/7 – Jazzmin’s no Espaço das Artes (confirmado) e Pizza!

Tarefas

  • Marina ficou de fazer flyer das Vozes Inaudiáveis.
  • Eliana ficou de mandar os materiais para esta divulgação (já foi pedido).

Para a próxima reunião

  • Sugestões: Pensar Vozes com Lilian, Marina, Mariana, Naty, Inés, Natasha, Júlia Teles (vozes) / Margareth Rago (Visões).
  • Definir data para arrumar site e redes sociais.