

Nessa edição do Às vivas Lílian Campesato conversa com Vanessa De Michelis sobre as intersecções entre arte sonora e trabalho, a partir da experiência da artista atuante no campo da arte, cultura e educação. A conversa vai passar pelo envolvimento pessoal e profissional de Vanessa com diferentes perspectivas e plataformas de engajamento artístico/políticos como a cultura faça-você-mesmo, feminismos, arte-tecnologia, medialabs e netlabels. Faremos um percurso reflexivo sobre diferentes implicações desse percurso quando analisados do ponto de vista da prática artística e do trabalho cultural. A conversa convida a uma reflexão sobre a constante busca por estratégias e reposicionamentos artísticos que viabilizem a sustentabilidade financeira e, sobretudo, ética-política de artistas-trabalhadorxs culturais.
Link do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/278217616869458/permalink/278218113536075/?notif_t=page_post_reaction¬if_id=1592522254866344
Site de Julia Teles: http://www.juliateles.com
Duo Teia (Julia Teles e Inés Terra) – instagram.com/duoteia /RKZ Records
Sonideria – sonideria.com/
Fusion Arts Exchange – Brian Robison
NME e linda / linda.nmelindo.com
28 patas furiosas – facebook.com/28patasfuriosas
Thereministas: Clara Rockmore e Carolina Eyck
Canal do Youtube de Carolina Eyck: https://www.youtube.com/user/carolinaeyckvideos
Reinaldo de Souza, construção de theremins – https://theremin.com.br/
Livro: Música e Mediação Tecnológica (Fernando Iazzetta), Editora Perspectiva
Curso de Áudio IAV – Instituto de Áudio e Vídeo
Pós-graduação Música e Imagem na Faculdade Santa Marcelina – https://www.santamarcelina.org.br/educacao/fasm_unidade_curso.asp?idCurso=327&idUnidade=29

Nessa edição do Às vivas recebemos a conversa “Theremin e música de cena”, com Julia Teles e Lucia Esteves. Julia Teles é compositora, técnica de som e Thereminista. Nessa conversa, falaremos um pouco sobre sua trajetória. Dos trabalhos com música experimental/eletrônica, música para cena e as diferenças entre os processos composicionais.
Além disso, Julia nos contará um pouco sobre o Theremin, sua história e experiências com o instrumento.
Link do evento: https://www.facebook.com/events/265405234772834/
Playlist Sonora #1 na Radio CASo, todas as sextas de junho às 18h: https://centrodeartesonoro.cultura.gob.ar/info/radio-caso/
site (em construção) : www.marianacarvalho.me
grupos e coletivos
- Orquestra Errante: www.orquestraerrante.eca.usp.br
- Sonora – músicas e feminismos
- Camerata Profana
https://www.youtube.com/watch?v=CTMaf8473Xs
- Coro Profana: Q https://www.youtube.com/watch?v=EQRhnSV_v3Q
- Comitê Escondido Johann Fatzer:
https://www.instagram.com/comiteescondidojohann/
pianismos de borda, piano como lugar de expansão
- TCC: Explorações de uma relação particular e de expansão com o piano: presença, experimentação e interação. Orientação: Rogério Costa.
- Tese Chico: Francisco Lauridsen Ribeiro – Esboçamentos de corpossom: a escrita do corpo e a víscera do som
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-16052019-120236/pt-br.php
- estudo em nylon – linhas de fuga
Residências artísticas:
- Centro Negra, AADK Spain: https://aadk.es/
- Q-O2 (Bélgica): http://www.q-o2.be/en/
nylon bites (2018- )
playlist com vídeos:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLgfTAOEH0e4cFlerfTJDz8b_zjIPtT3Lv
Quina Filmes: https://www.facebook.com/quinafilmes/
Exposição Sons de Silício:
https://sonsdesilicio.files.wordpress.com/2019/07/catalogo-prev-1.pdf
me alimento de voces (2019 – ) [antropofagia, promiscuidade]
Anna Raimondo – New Genders of Listening #2: in conversation with Mariana Carvalho:
promiscuidade, escuta relacional, intimidade: Brandon Labelle – Acoustic Territories – Sound Culture and everyday life, Bloomsbury academic, 2010.
antropofagia: Susan Campos Fonseca no Sonologia 2019:
https://www.susancamposfonseca.net/single-post/2019/04/18/Estudios-sonoros-tecnofeministas
Performance em outubro de 2018, no Espacio Incognita em Broken Toy (colaboração com AADK Spain e suporte de Selu Herraiz): https://espacioincognita.com/
“me alimento de voces/me alimento de vocês
Sólo podemos atender al mundo orecular.
[Manifiesto Antropófago – Oswald de Andrade, 1928]
Entra. Canta en mi boca. Escucha tu sonido procesado por mi cuerpo. Tu voz, tus ruidos y tus silencios, me los como. Los filtro con mi carne, mis huesos y en mi intimidad. Audibilizo todo lo que devoro y digiero, en el mundo orecular. Soy aural y soy oráculo, cúmulo de tus voces. Me alimento de voces. Alimento-me de vocês.”
peça feita com os registros da performance:
Coleção de vozes das quais tenho me alimentado
- Miriam Dascal, espaço AANGA: https://www.facebook.com/EspacoAANGA/
- Women’s Improvising Group (2019): https://www.youtube.com/watch?v=G29GL02nJtI
Maggie Nicols, Charlotte Hug, Caroline Kraabel, Matilda Rolfsson, Sarah Gail Brand, Mariá Portugal, Joana Queiroz, bella, Nanati Francischini, Mariana Carvalho
- Lílian Campesato e Valéria Bonafé: A conversa enquanto método para emergência da escuta de si
http://www.seer.unirio.br/index.php/revistadebates/article/view/9651
- Coletiva Escuta: Biancamaria Binazzi, Mariana Carvalho, Renata Gelamo e Ritamaria
- Escuta Profunda: Pauline Oliveros e curso com Isabel Nogueira
Pauline Oliveros – Deep Listening: A composer’s sound practice, 2005.
- Ximena Alarcón
https://www.ximenaalarcon.net/
- Colegas da cena de música experimental e improvisada: Flora Holderbaum, Ines Terra, Julia Teles, Laura Mello, Leila Monsegur, Marina Mapurunga, Nanati Franciscini, Flavia Goa, Natasha Xavier,
- Hermanas latinoamericanas de la escena: Alma Laprida, Ce Pams, Florencia Kurch, Paula Sanchez, Roxana Draks, Paula Sanchez, Viviana Ramos.
- MUSEXPLAT, plataforma de música experimental latinoamericana: https://musexplat.com/
- CASo, Centro de Arte Sonoro de Buenos Aires: https://centrodeartesonoro.cultura.gob.ar/info/radio-caso/
– - Tsonami, Arte Sonoro, Chile: https://www.tsonami.cl/
- MAYUHMA (Helena Espvall, Maria do Mar de Brito Lopes, Mariana Carvalho e Yu Lin Humm, mixagem Manon Ribat): https://mayuhma.bandcamp.com/
- Companheiras europeias improvisadoras, performers e artistas: Alba Maia, Alesandra Rombolà, Aurora Rodríguez, Beatriz Gijón, Irina Bardoczi, Ioana Nitulescu, Luisa Alvarez Armesto, MAYUHMA, ,Sânziana Dobrovicescu, Yumi Celia
- Cotiara produtora (Samya Enes, Ana Elisa Mello):

Francisco Lauridsen Jalala conversa com Mariana Carvalho acerca do trabalho da artista sob escopo da arte sonora. O encontro entre estas duas pianistas de formação aborda a trajetória de Mariana e seus atuais interesses de pesquisa. Ela tem se debruçado na experiência de um corpo-relação, a partir de deslocamentos geográficos, bem como a partir da Sonora e os grupos e coletivos aos quais pertence(u), mulheres que atravessa(ra)m sua trajetória e proposições etnográficas múltiplas. Mariana se interessa pelos limites entre dentro e fora: eu e x outrx, o corpo como filtro, escuta, a promiscuidade do som, ser habitada por diversas vozes.
Playlist Sonora #1 na Radio CASo

Primeira playlist da Sonora – músicas e feminismos com faixas de algumas mulheres brasileiras da música experimental/contemporânea para a Radio CASo, do Centro de Arte Sonoro de la Casa del Bicentenario, de Buenos Aires.
A playlist vai ao ar em todas as sextas-feiras do mês de junho, às 18h (Arg/Br):
05/06; 12/06; 19/06 e 26/06.
Artistas presentes: b-Aluria, bella, Carla Boregas, Daniele Costa, Eliana Monteiro da Silva, Flavia Goa, Ines Terra, Isabel Nogueira, Julia Teles, Laura Mello, Lílian Campesato, Mariana Carvalho, Marina Mapurunga, May HD, Natasha Xavier, Renata Roman, Sonora, Teratosphonia, Valéria Bonafé e Vanessa de Michelis.
Organização: Daniele Costa e Mariana Carvalho.
Link para escutar a radio CASo (24h).
Programação completa da Radio CASo.
Publicação de Antonilde Rosa:
Cantoras Afro-brasileiras de Ópera: Uma Reflexão Sobre a Ausência de Cantoras Líricas Negras nos Livros de História da Música Brasileira do Século XIX: http://www.abpnrevista.org.br/revista/index.php/revistaabpn1/article/view/224/240
O “PRETUGUÊS”: vocalidades da persona Mãe Preta da canção Bonequinha de Sede de Francisco Mignone
Ópera, Raça e Gênero Sob o Ponto de Vista de Artista Negras(os) – Revistas Música USP
Invisibilização de personalidades negras:
Livros:
Silvio Almeida. O que é racismos estrutura? http://www.uel.br/neab/pages/arquivos/Livros/ALMEIDA,%20Silvio_%20O%20que%20%C3%A9%20Racismo%20Estrutural_.pdf
Naomi André Black Opera: History, Power, Engagement. https://www.press.uillinois.edu/books/catalog/47wcf3tf9780252041921.html
Ensaio: HARAWAY, Donna. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos pagu (5) pp. 07-41. UNICAMP, 1995. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773
COMPOSITORAS NEGRAS BRASILEIRAS:
Joanídia Sodré: 3º Movi. Quarteto nº 4
Aline Gonçalves Toada para Sojourner
Vanessa Rodrigues
COMPOSITORAS AMERICANAS:
Julia Perry, “Stabat Mater,” as we grieve together
Margaret Bonds: 3 Dream Portraits: No. 3. I, Too
Florence Price – Mississippi Suite
REGENTES BRASILEIRAS:
Priscila Santana
Alba Bomfim
Ester Freire
Valéria Corrêia
Práticas coloniais: racismo sexismo e relações de apadrinhamento
Artigo: Nacional por subtração – Roberto Schwarz. http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/Schwarz,%20Roberto/Roberto%20Schwarz%20-%20Nacional%20por%20Subtra%E2%80%A1%C3%86o.pdf
Livro: Classe média negra: Trajetórias e perfis – Angela Figueiredo. https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/19350/1/Classe%20Media%20Negra_RI.pdf
Samba branco, seu racismo e seu compasso manco

Uma das principais práticas da sociedade colonial que propiciou a subalternização de pessoas negras, foi o apadrinhamento dos senhores e das sinhás em relação a famílias, grupos e/ou indivíduos negras/os. Esse sistema de troca de favores, bens materiais e afetivos, ao mesmo tempo que permitiu a autonomia financeira de uma parcela dessa população, por outro lado, sustentou a exploração de mão de obra, as investidas de natureza sexual contra as mulheres, fomentou a miséria e demais mazelas da maioria da população negra brasileira.
Percebemos ao longo da história, que essa prática sempre se intensifica em contextos de crises nas quais a população negra fica ainda mais vulnerável diante da negligência e das políticas genocidas do Estado. Estamos há aproximadamente 8 anos em um contexto de crise econômica, porém, depois do Golpe de 2016 que resultou no Impeachment contra a Ex-presidente Dilma Rousseff, as áreas das Ciências Humanas e das Artes passaram a sofrer um tipo de criminalização e patrulha ideológica por mandatários que se beneficiaram com o Golpe. E nessa trincheira, as/os artistas que não estão inseridos na indústria cultural mainstream, beiram à falência financeira e à mendicância.
É de conhecimento público que as/os artistas negras/os, em sua maiorias, são aqueles que menos recebem incentivos e investimentos financeiro. Então, me pergunto: como e onde estão as/os artistas negras/os nesse mar de miséria? Destarte, é a partir dessa prática histórica: o apadrinhamento, que quero discutir sobre a situação de profissionais negras/os no campo da música clássica brasileira, neste momento de destruição das teias de produção e dos sistemas de fomento das atividades artísticas e culturais no Brasil.

Nessa live receberemos a Manon Ribat, integrante da rede Sonora desde 2019 e sound designer francesa residente em São Paulo há 5 anos. Falaremos sobre a sua trajetória em relação a arte sonora na França (sua experiência com rádio arte), sua chegada ao Brasil e seus trabalhos com som para cinema. A Manon contará o que é foley e como esse ramo da sonoplastia caracteriza o desenho de som dos filmes. Ao final, falaremos sobre a relação da técnica com a criação e seu espaço na pós-produção dos filmes. Manon nos contará como é ser estrangeira e mulher nesse meio de criação.
Para assistir a transmissão entre em: https://www.facebook.com/sonoramusicasefeminismos/videos/3138165659529118/