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Operacional

Ata da reunião de 26/06/2017 – interna por hangout

Pauta

A pauta da reunião de hoje foi a discussão sobre os textos selecionados com a temática “organizações e redes”. Foram selecionados os seguintes textos para discussão:

1.     “Por que a auto-organização é importante para as mulheres? ” Disponível em: http://blogueirasfeministas.com/2015/07/por-que-a-auto-organizacao-e-importante-para-as-mulheres/

2.     “O desafio feminista para organizações políticas tradicionais” Disponível em:

http://www.insurgencia.org/o-desafio-feminista-para-organizacoes-politicas-tradicionais/

3.   “Feminismos web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo” Disponível em: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15c56839c2764d4c?projector=1

 

Infelizmente nem todxs conseguiram comparecer, ainda assim vários pontos foram levantados a partir de idéias dos textos:

  • A necessidade de dividir tarefas entre xs componentes da rede, pelo menos entre xs que conseguem atuar com mais frequência. Seria interessante que estas tarefas fossem rotativas, para que todxs aprendessem a atuar em qualquer função. A rotatividade poderia ser bimestral, trimestral, semestral ou outrxs.
  • Foi sugerida a criação de uma agenda feminista online, dentro do próprio site da Sonora. Esta seria útil para divulgar ações feministas que ocorrem em localidades diversas. Para isto seria interessante dividir tarefas por localização (cidade, estado).
  • Também foi sugerido elaborar o calendário do próximo semestre com atividades mencionadas neste semestre. Entre as atividades e desejos foram lembrados:
    1. Encontra Sonora
    2. Curso sobre feminismo e suas correntes
    3. Radio Sonora
    4. Repositório sobre obras de compositoras para disponibilizar partituras, gravações, etc. Foi lembrada a vontade/possibilidade de falar com a compositora Denise Garcia sobre contato/parceria com o CIDDIC. Também foram lembradas as pesquisas em andamento de Isabel, Tania, Flora, Ruy e outrxs sobre mulheres na música experimental e arte sonora, que podem contribuir com este repositório.

 

Para além dos itens dos textos, foram abordados alguns temas de aspecto prático da rede:

  • Foi lembrado que o Congresso da ANPPOM vai inaugurar o espaço para crianças nesta edição de 2017. Tânia não poderá se encarregar de representar a Sonora no evento, mas seria muito importante que algum(a) membrx estivesse presente.
  • Foi comentado também o interesse em fazer uma reunião online durante o 13º Fazendo Gênero, que tem um Simpósio Temático elaborado pela Sonora e coordenado por Isabel e Laila. Esta reunião seria a primeira do semestre, com dia a definir. O intuito é reunir membrxs da rede, confraternizar e pensar atividades para o semestre – numa espécie de “brain storm”.
  • A primeira reunião em SP e por hangout será dia 7/8.
  • Foi acordado entre as pessoas que participaram desta reunião que o horário de segunda-feira para as reuniões continuará vigente por falta de uma discussão mais aprofundada do assunto.

 

Boas Férias!!!

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Vozes

Vozes – Denise Garcia (Divulgação)

Sonora convida para mais uma edição da série Vozes na próxima segunda-feira, 12/06/2017, às 17h30. Nesse encontro receberemos a compositora Denise Garcia.

 

Denise Garcia: Compositora paulista, professora doutora do Instituto de Artes da Unicamp. Bacharel em Música pela USP (1985), Mestre em Artes pela Unicamp (1993) e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (1998). Realizou estudos de composição na Musikakademie Detmold e na Musikhochshule de Munique (1979-1984). Fez estágio de doutorado junto ao INA-GRM em Paris. Realizou pós-doutorado junto à Escola de Música da UFRJ (2007). Sua pesquisa musicológica se concentra na área de análise de música eletroacústica, tendo se dedicado nos últimos anos a pesquisar, documentar e analisar a música eletroacústica brasileira. Como compositora trabalhou em pesquisas interdisciplinares junto ao LUME/UNICAMP, tendo composto música para importantes produções teatrais desse Núcleo, assim como junto a projetos do Departamento de Dança da Unicamp. Nos anos 90 desenvolveu trabalhos na área da música eletroacústica, gênero musical que responde pela maior parte de sua publicação em Cds. Tem dois Cds solos publicados e várias publicações de obras em coletâneas. Nos últimos anos tem composto também obras para Orquestras Sinfônicas. Foi Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Música e Coordenadora dos Cursos de Pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp. Atualmente é Diretora doCiddic – Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp. (Fonte: Currículo Lattes)

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Operacional

Ata da reunião de 19/06/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje foi iniciada enfocando os últimos eventos realizados pela Sonora, em especial a série Vozes com a compositora Denise Garcia e o GE que o antecedeu. Seguiu conforme agenda prevista no cronograma do fim de semestre, definido no encontro do dia 15/5, com a temática da organização e estrutura da rede. Alguns assuntos pontuais também foram tratados, uma vez que este foi o penúltimo encontro do semestre.

  • Sobre a entrevista da Denise Garcia, foi retomado o ambiente informal e aberto do encontro, em que a compositora contou sua trajetória. Como as questões de gênero costumam influenciar tomadas de decisões nas carreiras das mulheres, em especial as compositoras, este tema foi abordado e discutido. Foi comentado que faltou tempo para aprofundar o conhecimento sobre a obra da Denise, o que estimula a rede a pensar num novo encontro com a autora mais para a frente.
  • Outro ponto levantado foi o convite recebido por Eliana, mediante indicação da Valéria, para participar do III Coloquio Ibermúsicas a se realizar no Chile em agosto de 2017. O colóquio homenageará o centenário da compositora chilena Violeta Parra e enfocará questões de gênero na música. Onze países participam da organização Ibermúsicas, e o Brasil é um deles. Eliana vai basear sua fala no evento em sua experiência pessoal de pianista, na sua pesquisa sobre compositoras latino-americanas, e sobre a rede Sonora e sua contribuição para dar visibilidade à produção musical das mulheres.
  • Eliana trouxe também para o grupo a problemática de realizar uma serie de recitais com obras de mulheres, tarefa que faz parte de seu Pós-Doc. Este projeto, proposto no seu plano de atividades para a ECA-USP, pretende envolver alunos e professores em torno do repertório composto por mulheres. Porém, tem encontrado resistência para ocupar espaços físicos e simbólicos em que os concertos possam se efetivar. A Sonora se propôs a pensar em como apoiar seu projeto, organizando um recital específico com composições de mulheres a ser feito, por exemplo, no mês de  setembro.

Sobre os textos a serem lidos e discutidos para o encontro de hoje com a temática “organizações e estruturas de redes”

Como não foram definidos textos para hoje, a não ser a sugestão do Davi enviada anteriormente por e-mail e outras enviadas pela Tania no próprio dia do evento, o GE sobre organizações e estruturas de redes não teve possibilidade de acontecer. Ainda assim, houve uma discussão sobre o funcionamento da Sonora, sobre o núcleo que se reúne na USP, sobre o apoio do NuSon a este grupo cedendo sala e equipamentos e sobre como funciona o relacionamento deste núcleo com as(os) integrantes de fora de SP.

  • O 13º Fazendo Gênero foi citado como um momento de possibilidade de contato presencial entre membrxs da rede que vão para o congresso em Florianópolis.
  • Foi discutida e incentivada a ideia de que membrxs da Sonora que participam de fora de SP tomem a iniciativa de organizar atividades das quais todxs possam participar online. Foi sugerida a realização de um curso a ser ministrado pelo grupo da Camila, Tania e Isabel sobre feminismos e feminismo na música. Outras atividades, como a realização de edições da Encontra Sonora em João Pessoa ou em Florianópolis, foram pensadas.
  • Foi mencionado o desejo de propor que haja transmissão do Simpósio proposto pela Sonora no Fazendo Gênero, via hangout.

Próxima reunião – GE sobre organização e estrutura de redes feministas

26/6 – Foram selecionados os seguintes textos para discussão:

  1. “Por que a auto-organização é importante para as mulheres? ”Disponível em: http://blogueirasfeministas.com/2015/07/por-que-a-auto-organizacao-e-importante-para-as-mulheres/
  2. “O desafio feminista para organizações políticas tradicionais” Disponível em: http://www.insurgencia.org/o-desafio-feminista-para-organizacoes-politicas-tradicionais/
  3. “Feminismos web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo” Disponível em: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15c56839c2764d4c?projector=1

Mariana ficou de mandar um email com os textos e links dos mesmos na lista.

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Ata da reunião de 05/06/2017 – GE “Denise Garcia”

  • Leitura e discussão de textos:

Garcia, Denise. Composição por metáforas. In: Ferraz, Silvio (org.). Notas, Atos, Gestos. 7Letras, 2007, pp. 53-76.

Puig, Daniel. Conversa com Denise Garcia. Linda: revista sobre cultura eletroacústica. Ano 2, #2, 2015.2

 

  • Calendário:

– Vozes com Denise Garcia no dia 12/06

– Últimos dois encontros do semestre para conversar sobre organização do grupo: GE (19/06) e encaminhamentos para a própria rede (26/06).

– Participação na reunião do Coletivo Feminista da ECA (Tema: Correntes feminista), dia 27/06, quinta-feira, às 17h30, seguido de confraternização.

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Operacional

Ata da reunião de 29/05/2017 – interna

  • Calendario:

– Grupo de estudos 05/06
– Vozes com Denise Garcia no dia 12/06
– Últimos dois encontros do semestre para conversar sobre organização do grupo: GE (19/06) e encaminhamentos para a própria rede (26/06).

  • Conversamos um pouco sobre a organização do grupo, tomadas de decisões, dinâmica de funcionamento, espaço da reunião, centralização, vínculos institucionais etc. A ideia é pensar os encontros a partir de textos. Recolhê-los pela lista de e-mails durante a próxima semana e fechar na reunião do dia 05.
  • Proposta de textos e escutas da Denise Garcia para o GE do dia 05: “Composição por metáforas” (livro Notas, atos, gestos, pp.53-76) + escuta de algumas das peças abordadas no texto e a a entrevista “Conversa com Denise Garcia” a Daniel Puig (Revista Linda, 2015, link: http://linda.nmelindo.com/2015/02/conversa-com-denise-garcia). Recolher outras sugestões pela lista de e-mails durante a próxima semana e fechar na reunião do dia 05.
  • Necessidade de pensarmos perguntas e questões a serem colocadas para a Denise Garcia na próxima edição da série Vozes.
  • Participar de algum encontro do Coletivo Feminista numa quinta-feira de junho (seguido de Quinta i Breja). Proposta para o dia 29/06.
  • Discutimos a importância de abordar novamente o tema da maternidade, e como abordar esse tema que não é diretamente ligado à música mas que traz uma discussão em torno da ideia de sociedade. Surgiu a ideia de juntar com um debate sobre educação musical infantil, e convidar a professora Teca de Alencar Brito. Falamos também sobre retomar a ideia dos projetos de criação (rádio, selo e repositório). E além disso, chamar a Antonilde para um Visões sobre feminismo interseccional no segundo semestre antecedido por um GE. Lembramos que a Janete ofereceu uma oficina de rádio.
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Operacional

Ata da reunião de 15/05/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje enfocou aspectos práticos. Um deles foi a futura ausência da Ariane devido à bolsa sanduíche que ela fará para Londres em breve.

  • Ariane se dispôs a nos ensinar a fazer flyers para os eventos. Para garantir, ela deixou um modelo neutro que pode ser adaptado pela rede nas ocasiões em que isso seja necessário.
  • Ariane também editou um vídeo da rede que estava disponível no youtube, ensinando-nos passo a passo. Foi apontado que há vários vídeos do início da rede que precisariam ser editados, pela má qualidade do som e outros fatores.

 

Outro item da pauta foi a edição passada da série Visões, com o evento “Visões Coletivas”.

  • Muitos pontos foram discutidos no evento e ficou a questão do que fazer com todas as ideias levantadas.
  • Foi lembrado que o próprio encontro realizado foi estimulado por um convite anterior do diretor da ECA aos coletivos, na semana de 8 de março, que acabou não ocorrendo naquela ocasião. Há uma expectativa da direção de que realizemos algo conjuntamente com os coletivos. Uma iniciativa seria organizar um fórum de discussões sobre questões relacionadas à opressão da mulher.

 

Alguns eventos passados que precisavam ser colocados no site da rede foram inseridos.

  • Cada pessoa colocou um evento para aprender a usar as ferramentas.

 

Calendário. Até o fim do semestre teremos 5 encontros: 29/5; 5/6; 12/6; 19/6 e 26/6. Com base neste cronograma, formulamos algumas sugestões a serem discutidas:

  • Ficou pendente, do semestre anterior, uma edição do Vozes com a compositora Denise Garcia. Foi sugerido um “pacote” de 2 encontros relativos a este evento: um GE contendo textos e escuta das obras dela, e uma edição do Vozes com a entrevista à compositora.
  • Outro assunto pendente foi a Organização da rede Sonora. Da mesma forma foi sugerido um pacote de 2 encontros: um contendo um GE com textos sobre organização de grupos, e uma reunião para debater o assunto.
  • Todos estes assuntos serão mandados na lista com pedido para que as respostas sejam dadas até o dia 22/5. Caso ninguém se oponha, o convite para a Denise será feito dia 23/5 pela Valéria.

 

Próxima reunião

Como no dia 22/5 não haverá reunião (há um evento do NuSon), o dia 29/5 ficará reservado para reunião operacional, seja de confecção do flyer do evento da Denise, ou para escolher outro tema (ou ainda, outra convidada).

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Visões

Ata da reunião de 8/05/2017 – Série Visões com Coletivos da ECA “Visões Coletivas”

“Visões Coletivas”

Esta edição da Série Visões reuniu 3 coletivos da ECA-USP para contar suas experiências e somar forças com a Sonora na empreitada de dar mais visibilidade, abrir espaços e romper barreiras para as mulheres. O primeiro coletivo a se apresentar foi a coletiva Vulva da Vovó, e seguiu-se com o Coletivo da ECA e o CALC – com enfoque no Núcleo Anti-opressão do centro.

Vulva da Vovó

Formada por 11 mulheres e 1 homem, tem foco nas artes cênicas. Têm o feminismo com método, o que inclui participar e montar peças de teatro de autores masculinos com olhar feminista. Feminismo interseccional – gênero, raça e classe – perpassa a poética desta coletiva, fazendo com que elas batalhem para levar as peças a localidades fora do centro onde peças deste tipo tem menos alcance.

Fazem eventos como o Festival Feminista, entre outros, em que divulgam outros braços da coletiva, como a editoração. Este ano será lançada a tradução de um texto de escritora latino-americana. A América Latina está no foco da coletiva.

Outro foco é o ambiente acadêmico, bastante machista e classista. A coletiva percebe o quanto as universidades públicas em geral – e a USP talvez mais do que a UNESP, por exemplo, pelo fato de ter cursos formatados em período integral impedindo alunxs de trabalhar – são hostis a grande parte da população.

Coletivo Feminista da ECA

Surgiu em 2013 durante uma greve da universidade. Criou-se uma iniciativa de empoderamento para discutir questões ligadas ao feminismo e à universidade. Este ano o coletivo está tentando retomar as atividades, uma vez que coletivos em geral estão um tanto desativados pelo viés político que representam.

O coletivo gostaria de reunir mais pessoas da ECA, não só alunas e tampouco de um curso específico. Elas estão preparando uma semana da arte feminista para unir pessoas interessadas no assunto.

Este ano elas fizeram uma intervenção na sala de um professor do curso de jornalismo, autor das fotos divulgadas de D. Marisa no hospital. Elas levaram a bateria da ECA e colaram cartazes sobre falta de ética, machismo e assédios em geral. O professor abriu um processo contra as alunas envolvidas no ato.

Dia 24/5 terá um sarau organizado por elas, entre outras atividades. Foi colocada a necessidade de ter mais integrantes para se envolver com as atividades.

É um coletivo auto organizado que se reúne semanalmente. O objetivo é acolher pessoas de todas as praias, ideias e posicionamentos, desde que tenham interesse em questões feministas.

CALC – Centro Acadêmico Lupe Coltrim

Entre os núcleos do centro há o Núcleo Anti-opressão, criado para proteger pessoas vulneráveis principalmente nos dias atuais. Agem conjuntamente com o Coletivo Feminista da ECA em muitas vertentes, pois as dificuldades são comuns. Elas entendem que o Movimento Estudantil as coloca um tanto quanto de lado e que seu enfoque é machista. Por esta razão se unem e se fortalecem.

A gestão atual iniciou-se em novembro. Tem sido particularmente difícil, desde o fechamento da prainha com grades visíveis e invisíveis. Elas colocam o fato de um aluno estuprador ter sido diplomado como mostra do descaso com as questões de vulnerabilidade das mulheres.

O CALC tem um núcleo de eventos. A Semana Emancipa foi um destes eventos, debatendo questões com pessoas de outras áreas da universidade. Nesta semana elas conheceram a Sonora, uma vez que tinha uma integrante falando da opressão da mulher na música. Também conheceram representantes do feminismo negro, LGBT, entre outras.

Na próxima semana elas tem um evento sobre Comunicação Pública.

Foi levantada a questão da neutralização de questões feministas pelos chamados “esquerdo-machos”, pessoas envolvidas com temáticas ditas “de esquerda” que, de certa maneira, zombam do discurso feminista.

Também foi mencionado o documentário “Precisamos falar sobre assédio”, cuja autora vai fazer, com o CALC, um evento de apresentação e discussão sobre o mesmo.

Debate

Uma integrante perguntou se o CALC já se envolveu com a questão do assédio entre professores e alunxs. Se já fizeram ações para defender o interesse de alunxs a partir de um canal de denúncias. A representante do Núcleo Anti-opressão disse que há iniciativas em andamento, sendo pensadas, mas que é difícil.

Foi perguntado o que é uma denúncia institucional. A mesma representante contou um caso sobre um processo de sindicância em que uma aluna abriu uma queixa e depois desistiu e o caso foi esquecido.

Nas artes cênicas isto é particularmente difícil, porque existe um discurso de que o professor de teatro deve incitar xs alunxs a se soltarem, a liberar o corpo, a “lidar com estas questões”. Neste contexto o assédio segue ocorrendo envolto num véu de “metodologia”.

Foi observado que o liberalismo também vem adotando discursos pseudo-feministas, aproveitando a recepção que o assunto alcança em termos de mercado. Artistas aparecendo mais, editais para criações voltadas ao gênero e outras iniciativas podem maquiar o cerceamento que as mulheres enfrentam o tempo todo da vida.

Foi mencionada a mudança que a USP está vivenciando no sentido de tornar a universidade cada vez mais propícia a pessoas que tem carro, com viés mais elitista. As grades da prainha fazem a comunidade dar uma volta enorme para chegar a certos departamentos da ECA, o que no caso das mulheres pode significar maior vulnerabilidade, principalmente a noite. A possível reforma da “vivência” é outro tema polêmico por não ser uma prioridade. Outras ações seriam mais urgentes e até mais simples, como a compra de lâmpadas para a Praça do Relógio, entre outras.

Uma pergunta relevante foi como estes coletivos atraem integrantes para suas atividades. O Coletivo Feminista já tinha mencionado os saraus, que costumam reunir muita gente.

Foi falado sobre a falta de experiência para lidar com denúncias, que providências tomar, que atitude cabe nestes casos. Muitas mulheres não querem que suas histórias sejam “invadidas”, ainda que seja para fortalecer a causa.

A idade também começa a pesar para algumas integrantes dos coletivos, no sentido de que os ambientes de trabalho demonizam pessoas envolvidas nestas práticas. Algumas apontam que enquanto eram estudantes se sentiam mais livres para agir, e que depois de formadas temem por seus empregos.

O encolhimento dos espaços de convivência estudantil foi apontado como colaborador da dificuldade dos coletivos de atrair pessoas interessadas. Cada vez mais xs alunxs ficam fechadxs na sala de aula. Neste sentido a questão das grades corroboram com o afastamento em geral.

Isto se liga diretamente à questão do produtivismo. Na pós-graduacão, especialmente, alunxs tem muita demanda e ela dificulta outras áreas de atuação.

A questão das cotas foi aventada. O CALC disse que a luta por cotas sempre foi presente, mas ainda não computam muitos resultados favoráveis. O assunto está bem mais pautado, há comissões que representam a pauta, porém ainda não atingiram muitos objetivos práticos. Na música as cotas esbarram no exame de aptidão.

O eurocentrismo também é um cânone arcaico que se perpetua e é excludente. Esta é uma outra batalha a ser travada. A representante da Vulva da Vovó se ofereceu para compartilhar textos latino-americanos para reflexão.

Foi sugerida a ideia de redigirmos um documento coletivamente, propondo as mudanças que foram mencionadas como urgentes neste evento.

De modo geral, todxs ficaram muito felizes com este encontro dxs coletivxs. Houve uma empatia muito grande e aflorou um enorme desejo de atuar coletivamente.

 

 

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Visões

Visões Coletivas (Divulgação)

 

Sonora convida para mais uma edição da série Visões na próxima segunda-feira, 08/05, às 17h30. Nesse encontro reuniremos três coletivos para falarem de seu funcionamento, pautas, ações e posicionamentos: Coletivo Feminista da ECA, Núcleo Anti-Opressões do CALC e Coletiva Vulva da Vovó. Todos eles estão ligados de algum modo à Escola de Comunicações e Artes da USP, e esse encontro faz parte do desejo de pensar coletivamente as questões de gênero dentro da escola.

O Coletivo Feminista da ECA é uma entidade auto-organizada representativa de todas as Ecanas, alunas e funcionárias. Através de reuniões semanais e debates promovem: rodas de conversas, saraus, atos, oficinas, reviradas feministas e eventualmente estabelecem parcerias com outros coletivos e entidades da USP. Visando sempre o empoderamento feminino e a equidade de gênero dentro e fora da universidade e em demais espaços sociais.

O Núcleo Anti-Opressões do CALC, na gestão 2017, nasce como mais um dos núcleos da organização interna do Centro Acadêmico. Encabeçado por duas diretoras, mas encaminhado por todas as mulheres da gestão, ele surge para impulsionar os já existentes coletivos auto-organizados da ECA e, também, para pensar em iniciativas próprias.

A Coletiva Vulva da Vovó  nasceu em dezembro de 2014 do encontro de pessoas interessadas na produção e difusão da cultura feminista através de um fazer artístico livre, transversal e autônomo. Entre nossas principais ações se destacam  a realização do Festival Autônomo Feminista que terá sua 4ª edição em 2017, e o espetáculo teatral Sobre as Baleias, que estreou em 2016 e trata da luta das Mães de Maio em São Paulo e das Mães e Avós da Praça de Maio, na Argentina.
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Operacional

Ata da reunião de 24/04/2017 – operacional

Pauta

A pauta da reunião de hoje foi a organização do próximo evento da série Visões, a ser realizado dia 8/5/2017, às 17:30h, na sala 12 do CMU. O evento se chamará Visões Coletivas, pois reunirá coletivos feministas da ECA.

Mariana e Flora haviam se responsabilizado por entrar em contato e conseguiram falar com os seguintes coletivos:

  • Vulva da vovó, o qual confirmou a presença de 3 ou 4 pessoas;
  • Coletivo Feminista, que demonstrou interesse mas ficou de confirmar;
  • Núcleo Anti-opressões do Calc, do qual virá Maiara e mais algum membro do núcleo.

Outros coletivos devem ser contatados, tais como:

  • Opá Negra, que Flora vai chamar;
  • Camaleoa, núcleo LGBT, com quem Flora também ficou de entrar em contato;
  • Eca atlética, que parece ter um núcleo anti-opressões.

Para a organização deste evento, alguns dos pontos levantados foram:

  • Estipular um tempo de 15 a 20 minutos para cada coletivo se apresentar e contar sua trajetória. Após as apresentações será aberto um debate.
  • Organizar uma mesa de café (oficial).
  • Ariane ficou responsável por fazer o cartaz de divulgação.
  • Eliana ficou responsável por imprimir 10 cartazes na terça dia 2/5 e colar pela ECA. Locais: Plásticas, Cinema, Vivencia, Carol (cantina), CMU (porta), Biblioteca, CRP (Relações Públicas), Jornalismo, Prédio Central, Sala 12.

Outro assunto em pauta foi a elaboração do calendário do semestre da rede. Foram lembrados os desejos mencionados na última reunião de 2016:

  • Rádio-Arte – este projeto foi iniciado no ano passado e não houve tempo para dar continuidade. Já haviam sido escolhidos tópicos para os programas. Ariane lembrou alguns deles, que constam do site.
  • Fazer página da rede no Facebook. Esta atividade foi realizada na segunda parte da reunião.
  • Reeditar a discussão sobre maternidade e feminismo, ampliando a ação em atividades.
  • Retomar a possibilidade de entrevistar as compositoras/criadoras Denise Garcia e Renata Roman, que já haviam aceito o convite em 2016.
  • Reivindicar alguns facilitadores (como trocadores de bebês) para mães estudantes, professoras e funcionárias.
  • Realizar atos com mulheres e crianças para chamar atenção da ECA para as dificuldades que as mesmas enfrentam. Estas são ações que podem ser realizadas em parceria com os coletivos após o encontro da serie Visões.
  • Retomar grupos de estudos sobre feminismo negro e indígena.

Avisos

Foi confirmada a reunião extraordinária sobre o Painel para a Anppom dia 25/4 às 18:00h. O local será a sala do NuSon.

Próxima reunião

Série Visões com o evento Visões Coletivas – dia 8/5/2017 às 17:30h. Sala 12 do CMU.

 

 

 

 

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Operacional

Ata da reunião de 17/04/2017 – interna

A pauta da reunião de hoje não foi previamente definida devido à pendência de uma conversa sobre o painel que a rede Sonora estava elaborando para o Congresso ANPPOM 2017. Em meio à elaboração deste painel, do qual constariam 3 artigos sobre a formação e atividades da rede, percebeu-se que era um tanto precoce apresentar um painel sobre a rede sem termos tempo de amadurecer os artigos. Uma reunião sobre este processo está para ser marcada, mediante a possibilidade de todxs xs envolvidxs no painel.

Na ausência de uma pauta pré-estabelecida, aproveitamos para fazer alguns relatos de atividades realizadas nas últimas semanas, tais como:

  • Lilian contou sobre sua participação no evento Emancipa ECA, organizado pelo CALC. O evento contou com várias mesas, sobre Feminismo, Movimento Negro, LGBT, entre outras. Lilian participou da mesa sobre Feminismo, com a Lola Aronovich (que tem um blog feminista e participou por skype) e Juliana Gonçalves (jornalista, negra, colunista do site Brasil de Fato).

Lola falou sobre o feminismo no contexto político do golpe no Brasil. Lilian falou       sobre a Sonora e Juliana sobre pesquisadoras negras, que mesmo no ambiente acadêmico eram pouco conhecidas do público do evento. Lilian disse que o evento foi uma inovação no âmbito da ECA e que foi muito bem organizado. Ficou satisfeita em ter participado.

  • Mariana falou sobre o convite que a Sonora recebeu do Prof. Eduardo Monteiro para participar de um evento de música no dia 8 de março. Na ocasião consideramos que teríamos pouco tempo para realizar um evento como gostaríamos, mas a ideia continuou ressoando na rede como uma possibilidade de proposta futura (futuro próximo).
  • Flora, do Coletivo Feminista da ECA, falou sobre a participação do Coletivo na organização deste evento que a Sonora vai oferecer para a ECA. Ela disse que o próprio Centro Acadêmico está tentando unir estes coletivos para que mais pessoas participem dos mesmos. Muita gente, segundo Flora, se sente intimidada em integrar um coletivo. Num formato mais amplo, talvez mais pessoas cheguem.

Foi levantada a possibilidade de realizar um encontro com os coletivos para iniciar o contato. Uma proposta seria fazer uma reunião da série Visões dia 8/5 com alguns membrxs de cada coletivo. O nome do evento será “Coletivas”. Mariana e Flora ficaram responsáveis por convidar os coletivos para este evento.

Vamos providenciar cartazes impressos para divulgar o evento pela ECA.

  • Valéria falou sobre a mesa de debates organizada pelo IEB e CPF, no I Seminário Mulheres, Arquivo, Memória, em comemoração ao mês da mulher – Março. Na mesma mesa falou Carô Murgel, autora de uma pesquisa sobre cantoras brasileiras. Nesta mesa, Valéria falou sobre sua carreira de compositora e atuação no meio musical – marcadamente machista – e da rede Sonora. Valeria lembrou que o público do evento se interessou muito pela Sonora, elogiou e que o CPF convidou a rede para ocupar espaços oferecendo projetos de música, pesquisa e outros. Ela considerou muito especial esta oportunidade de falar sobre a rede a pessoas importantes da música e do feminismo.

Além dos relatos, algumas considerações foram pautadas na reunião:

  • Foi lembrado que muitos links interessantes são compartilhados na lista de e-mails e não têm sido adicionados no site. É preciso atualizar esta aba do site e disponibilizar maneiras das pessoas compartilharem diretamente no site.
  • Tânia sugeriu que façamos uma divisão de tarefas por localidade. Ela mencionou a necessidade da Sonora conversar sobre assumir papeis dentro da rede. Esta é uma temática importante para a rede.
  • Foi lembrado que o calendário online que foi feito no ano passado não tem sido alimentado, e que certas atividades divulgadas na lista de e-mails poderiam ser divulgadas nele para que nãos e percam em meio à velocidade da lista.
  • Em relação à lista, Valéria apontou que muitas pessoas que fazem parte não sabem direito do que se trata a rede.
  • Ariane lembrou de uma pauta que foi importante no início da Sonora, que é a misoginia no âmbito da música. Vários fatos que foram denunciados tiveram a denúncia retirada por medo. Todas concordamos que este tema deve ser discutido nos grupos de estudos.
  • Outro ponto importante é a colocação de prazos para determinar ações: uma semana, por exemplo. Neste prazo, quem responder participará e opinará de determinado evento ou contexto, e xs demais aceitarão o que for decidido. O objetivo é dar mais dinamismo à rede.
  • Foi proposto um doodle para marcar a reunião sobre o painel. Datas possíveis: entre 24/4 e 1/5, em qualquer horário.
  • No mesmo e-mail do doodle cada pessoa mandaria sugestão de 2 pautas para esta reunião.