Categories
Vozes

Vozes – Sylvia Hinz (Divulgação)

Sonora: músicas e feminismos convida para o concerto-palestra com a flautista residente em Berlim Sylvia Hinz. Ela é especializada em música contemporânea e improvisação. Nesse encontro, Sylvia vai falar sobre o seu instrumento – flauta doce – e fará a performance de algumas peças, em sua maioria composta por mulheres. Um de seus interesses está em promover o trabalho de mulheres na música a partir de ações de arteativismo que proporcionem a capacitação de mulheres artistas e a conscientização sobre a participação delas na música. Sylvia Hinz vai tratar também da cooperação entre mulheres performers e compositorxs, bem como mostrar partituras, vídeos e descrever seus trabalhos que dialogam com outras formas de arte, como a pintura e a dança, por exemplo. Compositorxs estão convidadxs a trazer suas obras para flauta doce para serem lidas durante o encontro.

 
Sylvia Hinz é uma das mais reconhecidas e atuantes flautistas dedicadas ao repertório de música contemporânea e improvisação para flauta doce. Ela vem realizando um trabalho amplo de divulgação de mulheres compositoras. Além de suas performances solo, de música de câmara e como solista de orquestra, ela tem se apresentado com formações instrumentais não usuais e colaborado com artistas de outras áreas como a pintura, escultura e literatura.
Categories
Vozes

Ata da reunião de 06/11/2017 – Vozes com Renata Roman

Renata Roman pesquisa as poéticas do som e escuta. Nesta edição da Série Vozes, ela contou que não escolheu o som, antes, foi escolhida por ele. Sua formação é de atriz. Ela iniciou fazendo radio arte, programas ecléticos e outras atividades. Em 2010 fez uma viagem, na qual teve experiências que mudaram sua percepção da arte e do som. Ela estava em Londres, na Tate Gallery, e, de repente, sua escuta se abriu para os sons das pessoas do local, dos ruídos do ambiente, de tudo. Neste momento ela decidiu gravar estes sons e, a partir daí, gravar os sons do mundo.

Voltando ao Brasil, ela descobriu que pouquíssimas pessoas trabalhavam com esta vertente da música e da arte. Todo seu trabalho é voltado, até hoje, para a reprodução daquele momento de abertura auditiva que a artista viveu na Tate.

A gravação de campo está no centro de seu trabalho. Em 2011 ela criou um mapa sonoro do centro de SP, com ajuda de dois artistas espanhóis. Renata se vê como autodidata e, por esta condição, às vezes demora um pouco para desenvolver técnicas e tomar decisões sobre plataformas e recursos afins. Diz que trabalha com a “precariedade”, pois não conta com recurso externo e utiliza materiais que estão ao seu redor, ou que vai buscar por si mesma.

Renata tirou um ano sabático para experimentar as plataformas, editores, etc. Trabalha com o “Audacity”, apesar de algumas pessoas criticarem este programa. Ela entende que a técnica é importante, mas não é determinante. Se a (o) artista se empenha, dá para se virar.

Obras, processos

Em 2013, Renata foi convidada pela Radia network, para fazer um programa de radio arte na Resonance FM. Ela abordou a temática indígena, que lhe é muito presente e está em suas preocupações. Este programa, intitulado “Native”, foi posteriormente reeditado e está disponível em seu site https://renataroman.tumblr.com/radio .  Recentemente a artista Janete El Haouli colocou “Native” na Documenta.

A gravação de “Native” foi feita em Paraty, com um jovem indígena. Ela também gravou manifestações indígenas, trabalhando tudo isso com mixagem. Renata acha que, neste sentido, seu trabalho tem uma intenção política, de chamar atenção para questões como o abandono dos índios e a falta de respeito a seus direitos.

Em “Ornitorrinco”, também disponível no link citado, a inspiração foi a questão Norte-Sul, e os reflexos desta dicotomia no Brasil. Foi composta para a Süden Radio.

Em relação ao seu processo de criação, ela primeiro escolhe um tema. Fica um tempo mergulhando no tema, colhendo material, pesquisando. Renata não pensa no material sonoro a priori, mas sim nos textos, nas temáticas. Conforme ela começa a gravar, as necessidades aparecem e ela vai escolhendo os sons para ilustrar as imagens que lhe vem à mente. Seus processos são solitários.

Ela também recebe gravações de outras pessoas, que guarda para usar no momento oportuno.

Renata faz instalações, um outro trabalho diferente do trabalho de radio. Ela quase nunca reutiliza gravações ou trechos em novas produções. Trabalha com fones de ouvido para ter mais clareza de detalhes, mas depois os retira e faz acertos posteriores.

Renata pensa que radio arte é um radio que perde sua função “utilitarista” no sentido de ser uma subversão, uma anti-narrativa. Como se a radio arte fosse poesia e radio fosse prosa. Radio arte é uma peça feita para radio. Feita por artistas.

Em 2015 ela foi comissionada para o Tsonami International Festival of Sound Art, no Chile. Nesta obra a artista não colocou sua própria voz, ela quis dar voz aos que não a tem, aos não ouvidos. A peça se chama “Sampa”. Renata quis mostrar a diversidade de SP, a ocupação do espaço urbano, sem falar, sem ser muito discursiva. Ela fez gravações em bairros e localidades diferentes da cidade. A chamada do festival era Audioficcion: Imaginación sónica y especulación urbana.

Renata gravava com gravador e protetor de vento, mas chamava atenção, as pessoas perguntavam, colocavam a mão no gravador e às vezes estragavam a possibilidade de uma coleta de materiais. Agora ela grava com um Binaural, que é discreto e as pessoas não identificam com um gravador. O problema aí é pessoal, pois às vezes Renata pensa se tem o direito de gravar ao ar livre, indistintamente, com as pessoas desatentas para o fato. Ela imagina como as pessoas sentiriam o resultado da obra. De qualquer forma ela guarda tudo num banco de dados, para peneirar depois.

A artista conta que tem um prazer imenso em escutar o mundo. Sua atenção, na gravação de campo, é total e faz parte do processo de criação. Raramente ela descobre sons ou sensações num segundo momento, depois de terminada a gravação. Isso ocorre simultaneamente.

E a parte prática? É possível sobreviver com a arte sonora?

Renata diz que não. Ela vive da educação, dando oficinas de teatro, nos quais insere a escuta, os processos de criação. Mas não dá para ganhar dinheiro com a arte sonora.

A obra “404 not found” é política. Foi criada em 2014 e usa uma cadeira e uma luz de interrogatório. Outra obra, “Memória da Casa”, trata de cada cômodo de uma casa, imaginando o que aconteceria naqueles espaços. Foi apresentada em 2011. É uma obra complicada, porque depende de ter uma casa vazia para que se possa ouvir os sons arquetípicos de uma casa. Renata levou este projeto para a Argentina, a convite de um artista que encontrou uma casa vazia lá. Este projeto deve ser apresentado 8 vezes e depois abandonado (questões pessoais da artista). Começou sua trajetória em 2012 e a última vez que foi apresentado data de 2015.

Há uma instalação chamada “Euspetáculo”.

 

Música experimental

A mulher na cena experimental usa muito a voz. Por esta razão, Renata quis abordar este tipo de criação usando outros instrumentos. Ela usa as gravações de campo também para compor música experimental. Ela se questionou sobre a diferença entre o radio e a música experimental e chegou à conclusão de que o radio arte é muito mais livre do que a música.

A artista foi para a prática antes de pensar nela. Por isso acha complicado lidar com a subjetividade inerente à composição de música experimental. Para ela, quando pensa em música, pensa mais nos sons do que nos conceitos. Ela crê que a radio arte lhe dá mais possibilidades.

Na peça “Melissa”, feita para o NME com inspiração no chá de melissa, ela usou o clarinete. Ela mesma toca e improvisa ao instrumento. Ela gosta de lidar com o desconforto, tentar coisas novas, instrumentos e procedimentos.

Também para o NME ela compôs “Pytang”. Aqui usou mais gravações de campo. Renata tem também um CD lançado pelo Seminal, o Oye, com gravações de campo em SP. Ela tem também material gravado na Praça da Sé, num projeto chamado “Marco Zero”.

Renata esteve como residente em Cuba, onde também realizou gravações de campo. Ela tem ido várias vezes.

Influências

A artista acha difícil responder a esta pergunta. São muitas referências e, ao mesmo tempo, nenhuma em especial. É complicado não ser injusta ao apontar referências, pois não é possível detectar exatamente quem influenciou qual parte do trabalho ou da trajetória.

Questões de gênero – Dissonantes

As questões de gênero motivaram a criação do projeto “Dissonantes”, uma serie de concertos de mulheres com a parceira Natacha Maurer. Ele vem para tentar responder à pergunta “Onde estão as mulhres na cena experimental? “. Nasceu em 2015. O Dissonantes pensa na ocupação por mulheres da cena da música experimental, seja no palco, na plateia, na produção ou na engenharia de som.

Renata não sente hostilidade em relação à mulher na cena musical. Sente uma indiferença, o que talvez seja um tipo de hostilidade. Existe um discurso de negação desta problemática, velado. Ela diz que precisamos abrir à força os espaços. Não podemos nos intimidar pelo fato de que as mulheres estão sendo mais evidenciadas para não “pegar mal”.

Projetos futuros

Renata está trabalhando em peças radiofônicas, continua com os mapas sonoros e tem outras ideias. O tempo de suas criações pode ser mais longo ou mais curto. Já teve ocasiões em que o prazo se esgotou e ela teve que encarar 15 ou 16 horas seguidas para entregar.

 

 

 

Categories
Vozes

Vozes – Renata Roman (Divulgação)

Sonora convida para mais uma edição da série Vozes na próxima segunda-feira, 06/11/2017, às 17h30. Nesse encontro receberemos a artista sonora Renata Roman.

 

Renata Roman pesquisa as poéticas do som e escuta. Seu trabalho transita entre radioarte, instalações, música experimental e cartografia sonora.

Participou de várias mostras e festivais no Brasil e exterior, tais como FILE Hypersonica 2012, 30ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo (Mobile Radio),

Tsonami Córdoba (AR), Echoes/Osso (PT), Hilltown New Music (UK), Süden Radio (IT/DE), DubellRadio Festival (SE), Galeria Perenne (AR),

Radiophrenia (UK), Festival Internacional de Arte Sonoro 2015 (CH), entre outros.

Criou e mantém o mapa sonoro de São Paulo (SP SoundMap) e possui gravações de campo em mapas sonoros colaborativos: Audiomapa (CL) e MoMA (USA).

renataroman.tumblr.com

Categories
Operacional

Ata da reunião de 30/10/2017 – interna

Pauta

A pauta de hoje ficou em torno de 2 assuntos:

  1. Confecção de flyers para Vozes com Renata Roman, com Thaís Montanari e com Flora Holderbaum.
  2. Discussão sobre data do Vozes com a Flora e sobre atividades de encerramento.
  • Flora confirmou disponibilidade no dia 4/12.
  • A princípio o encerramento ficou para o dia 11/12, conforme o calendário:

06/11 – Vozes com Renata Roman

13/11 – R. O. para Vozes com Sylvia Hinz

14/11 (terça a tarde) – Sylvia Hinz

16/11 (quinta) – QiB evento do Coletivo Feminista

27/11 – Vozes com Thaís Montanari

04/12 – Vozes com Flora Holderbaum

07/12 (quinta) – Coletivo Feminista

11/12 – Encerramento?

18/12 – TCC da Mariana Carvalho

  1. Discussão sobre possíveis vínculos da rede com o NuSom e outros grupos.
  • Neste sentido foi colocado que a melhor solução é reconhecer o apoio do NuSom e não pensar num vínculo mais aprofundado. Reconhecer o apoio às nossas atividades mediante estrutura, como fornecimento da sala, aparelhos de transmissão e de projeção.
  • Formalizando este apoio, o NuSom poderá relatar esta parceria entre suas atividades acadêmicas e, ao mesmo tempo, não se responsabilizar por todos os atos praticados pela rede. Até porque a Sonora é um grupo feminista e o NuSom não é.
  • A rede também não fica com seus projetos e atos pendentes de aprovação do NuSom ou de outro grupo qualquer. Porém, contar com este apoio tem sido muito importante e tem possibilitado a maior parte de nossas atividades. Assumir isso tira o caráter informal da relação.
  1. Foi conversado sobre criar uma nova aba no site para divulgar os grupos apoiadores da Sonora. Foi discutido se o melhor termo para definir estas relações seria apoio ou parceria.
  • Esta discussão sobre apoio/parceria será retomada dia 13/11.
  1. Estabelecer contatos mais próximos com grupos que se relacionam (à distância) com a Sonora é um desejo da rede. Até para exercitar o papel de “rede”, que nem sempre é trabalhado.
  • Foi sugerido criar uma serie regular dedicada a estes contatos, do tipo “Encontrando outros grupos”.
  • Foi sugerido pensar numa atividade para o dia 8/3 com o Coletivo Feminista e com outros grupos parceiros. O 8/3 deve ser preparado com antecedência.
  • Foi lembrado que o próximo dia 8/3 cairá na Semana dos Bichos, e que podemos pensar numa atividade da rede com as calouras e calouros.

Próxima reunião dia 6/11:

Série Vozes com Renata Roman.

 

 

Categories
Operacional

Ata da reunião de 23/10/2017 – interna

Pauta

A pauta de hoje foi o calendário de atividades até o fim do ano. Uma das atividades, o encontro com a flautista Sylvia Hinz, está pendente por causa dos dois feriados existentes na semana em que ela estará no Brasil.

  • Quanto às possibilidades, Lilian ficou de ver se ela pode fazer um “concert-lecture” com obras de mulheres no dia 14/11 (terça). Caso ela possa, precisamos saber em que sala será. Aventou-se usar a sala 12, caso o Prof. Silvio Ferraz a disponibilize nesta data.
  • Se tudo der certo, a data reservada para o “Vozes com Flora Holderbawn” (dia 13/11) deverá ser alterada para não esvaziar qualquer um dos eventos. Flora disse que pode fazer em outra data.

Até agora o calendário ficou como se segue:

30/10 – R.O.: Discussão sobre vínculos institucionais. Preparação de flyer e material de divulgação para Vozes dos dias 06/11 e 14/11.

06/11 – Vozes com Renata Roman

13/11 – R.O.: para Vozes com Sylvia Hinz.

14/11 (terça a tarde) – Sylvia Hinz?

16/11 (quinta) – QiB evento do Coletivo Feminista

18/11 (sábado a tarde) – Sylvia Hinz?

27/11 – Vozes com Thaís Montanari?

04/12 – Vozes com Flora Holderbaum?

07/12 (quinta) – Coletivo Feminista

18/12 – TCC da Mariana Carvalho

 

Havíamos planejado selecionar textos para mandar para a seção Reading do WISWOS.

  • Em vista da agenda lotada, foi decidido deixar esta atividade para 2018.

Em relação à formatação do canal da Sonora no youtube, Carolina se ofereceu para pensar uma organização dos vídeos com visual mais interessante.

  • Ela também disse que poderia fazer uns teasers com eventos que já estão gravados.
  • Davi lembrou outros aspectos do site que precisam ser uniformizados, como a aba “GE”, que liga a links de transmissão em que algumas são acompanhadas de texto e outras não.

As sessões de escuta também foram deixadas para segundo plano, o que concordamos que faz falta.

  • Concordamos que às vezes as reuniões não são tão bem aproveitadas, e que daria para inserir ao menos uma obra criada por mulher em cada reunião para aumentar nosso conhecimento. É preciso otimizar o tempo dos encontros para gerenciar melhor os assuntos.

Há o desejo de criar uma lista com nomes de mulheres criadoras numa aba no site da rede.

  • O problema é como fazer o recorte contemplando a maior gama de exemplos possível. Se for uma rede colaborativa aberta, as chances de sucesso aumentam.

No fim da reunião emergiu uma discussão sobre possíveis vinculações institucionais entre a Sonora e diferentes núcleos/grupos/centros/etc. Decidiu-se ampliar e aprofundar esse debate na próxima reunião. Dada a importância do tema, será enviada uma chamada específica na lista para que tenhamos maior adesão para o debate.

Próxima reunião

  • Discussão sobre vínculos institucionais.
  • Preparação de flyer e material de divulgação para Vozes do dia 06/11.
  • Prepararação também flyer e material para Vozes do dia 14/11.
Categories
Grupo de Estudos

16/10/2017 – GE sobre texto “O Público e o Privado” de Flavia Biroli

O encontro de hoje foi dedicado ao Grupo de Estudos sobre o texto “O Público e o Privado” de Flavia Biroli. Vários pontos do texto foram levantados e geraram discussão sobre temas mais amplos, mostrando a complexidade do tema.

 

Em relação à dualidade esfera pública e privada:

  • Flavia aponta a necessidade de expor a história não contada da CONSTRUÇÃO DA ESFERA PÚBLICA a partir da POSIÇÃO DAS MULHERES. Segundo a autora, a política das relações de poder começa na VIDA COTIDIANA.
  • De acordo com o conceito de que esfera pública baseia-se na RAZÃO e na IMPESSOALIDADE e esfera privada corresponde às relações de caráter PESSOAL e ÍNTIMO, a domesticidade feminina foi cultivada culturalmente para manter esta dualidade. Tal domesticidade foi cunhada de modo a parecer um TRAÇO NATURAL E FISIOLÓGICO das mulheres, frente ao qual qualquer outra característica era considerada DESVIO DE COMPORTAMENTO.
  • A esfera privada foi “protegida” da intervenção do Estado, preservando relações autoritárias que limitaram a autonomia das mulheres. A garantia de privacidade para o domínio familiar e doméstico garantiu a dominação masculina e bloqueou a proteção a indivíduos mais vulneráveis nas relações de poder correntes – como mulheres e crianças. A esfera privada é vista como lugar onde a justiça comum não se aplica porque envolve RELAÇÕES DE AFETO.
  • Mas é a dominação da mulher na esfera privada que garante o sucesso do homem na esfera pública. Sem falar na AUSÊNCIA DE CIDADANIA E DE DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA que sofrem mulheres expostas a abusos e estupros no casamento. Seus corpos não lhes pertencem: são passados da dominação paterna à do marido na cerimônia do matrimônio.

 

Em relação aos horizontes limitados:

  • “Relações mais justas na vida doméstica permitiriam ampliar o horizonte de possibilidades das mulheres, com impacto em suas trajetórias pessoais e formas de participação na sociedade”. Nas relações familiares há diferença na divisão das responsabilidades sobre a vida doméstica (pesando mais sobre as meninas) e dos estímulos que favorecem maior exercício da autonomia (mais dirigidos aos meninos).
  • A falta de mulheres na vida pública reduz a possibilidade de que se discutam e avancem em questões como CUIDADO COM AS CRIANÇAS, CUIDADO COM IDOSOS, VIOLÊNCIA E DOMINAÇÃO DE GÊNERO.
  • As barreiras para que mulheres exerçam trabalho remunerado fora de casa são associadas ao TEMPO QUE AS MESMAS GASTAM NA ESFERA DOMÉSTICA (Didier Marc Garin contou, quando esteve no Brasil, que na França as mulheres recebem 25% menos que homens na mesma função por sua “suposta” menor dedicação à empresa devido aos afazeres doméstico e familiares. Ainda que isso não se comprove na prática).
  • A mesma justificativa permite aos homens ter mais acesso a trabalhos de grande dedicação e responsabilidade na empresa, pois SUPÕE-SE QUE SEJAM LIVRES PARA ATENDER A EXIGÊNCIAS PROFISSIONAIS.
  • As expectativas sociais conduzem a desenvolvimentos de habilidades diferenciadas para homens e mulheres. Mulheres são orientadas para a CONQUISTA DO CASAMENTO (e há todo um mercado de consumo para que disputem o parceiro que lhes garantirá suporte econômico).

 

Em relação ao mundo corporativo:

  • “O mundo do trabalho se estruturou com o pressuposto de que os ‘trabalhadores’ têm esposas em casa”. O controle dos recursos ficou a cargo dos homens, ainda que o resultado de seu trabalho conte com a dedicação das mulheres.
  • Por outro lado, a atuação das mulheres na prática do cuidado é vista como formadora de uma ÉTICA DISTINTA (isso pode ser visto nas urnas, quando vota-se em mulher POR SEU CARÁTER e não por sua CAPACIDADE DE GESTÃO).
  • Algumas feministas apontam também a desvalorização do trabalho doméstico frente ao assalariado, o que nem sempre é real. Muitas mulheres da classe trabalhadora são exploradas, recebem menos que o salário mínimo e poucos benefícios. NEM SEMPRE TRABALHAR FORA DE CASA É SINÔNIMO DE PROJEÇÃO E INDEPENDÊNCIA. “A FAMÍLIA PODE SER UM REFÚGIO PARA INDIVÍDUOS QUE SOFREM DISCRIMINAÇÃO NA SOCIEDADE MAIS AMPLA”.

 

Em relação às privacidades seletivas:

  • Privacidades tem sentidos diferentes conforme a posição do indivíduo nas relações de poder:

HOMENS BRANCOS têm privacidade no espaço público (escritórios com portas fechadas e controle sobre quem tem acesso)

MULHERES BRANCAS DE CLASSE MÉDIA podem usar tempo livre – já que outras mulheres (pobres) fazem o serviço doméstico para elas – para atuar na esfera pública. Os eletrodomésticos e maquinário também ajudam as mulheres de classe média

  • Na esfera pública, privacidade pode depender de um menor grau de privatização, ou, da SOCIALIZAÇÃO DAS TAREFAS DOMÉSTICAS (como pensado por Lênin na Revolução).
  • Há um risco na possibilidade de intervenção estatal na esfera privada: o da intervenção em outras formas de relacionamento familiar – LGBT, por exemplo.
  • Mesmo o direito ao aborto é visto por algumas feministas como maléfico por permitir aos homens se livrar das consequências reprodutivas da relação sexual.

 

ALGUMAS CONCLUSÕES:

“A pluralidade democrática depende da garantia do espaço para o florescimento de identidades baseadas em crenças e práticas distintas”

“A garantia da privacidade depende da crítica à dualidade convencional entre o público e o privado” e da crítica “às desigualdades de gênero a que esta realidade tem correspondido”.

Sugestão de autoras para leitura:

  • Valerie Solanas (Scum manifesto)
  • Julie Falket
  • Monique Wittig (Amazonas)
  • Helleieth Saffioti (livro “Gênero, Patriarcado, Violência”)

 

 

 

 

Categories
Operacional

Tutorial para transmissão via Hangout e Youtube

Instruções para transmissão via Google hangout/youtube

(tutorial para a sala do NuSom)

0. Para uso da câmera logitech ser 910 pode ser necessário utilizar o browser Firefox. O Chrome tem funcionado perfeitamente.

1. Fazer log on na conta gmail da Sonora.

2. Clicar em Hangouts ou Youtube (nos apps no canto superior direito)

 

PARA LIVE-STREAMING (Youtube)

1. No youtube, ir para o “Creator Studio”(clicando no ícone da Sonora, canto superior direito)

2. Na barra lateral (esquerda), selecionar “Live streaming – Events”

3. Selecionar “Novo evento ao vivo”

4. Preencher especificações como nome do arquivo ou da transmissão e o horário de início de término se necessário

5. Clicar em “Ao vivo agora”

6. Aparecerá uma janela de transmissão.

 

CABOS

1. Conectar câmera logitech no computador por entrada USB

2. Microfone no canal 1 da mesa

3. Ligar phantom power na mesa

4. Cabo P2-2P10 fazendo a saída do mic pela mesa (ALT OUTPUT L3 e R4) para entrada de microfone do pc (atrás)

5. Apertar o Mute do canal 1 (para o som do mic sair somente no computador e não nas caixas)

6. Testar mic pelo mostrador do Hangouts (ver se não está estourando e se necessário regular o volume do canal 1 pela mesa)

7. Cabo P2-P10 da saída de som do pc (frente) entrando no TAPE IN

8. Apertar TAPE do “Control room source” e Assign to main mix”(para sair nas caixas)

9. Cabos P10 da caixa de som para a saída MAIN OUT

10. Ligar caixa de som

 

NA TRANSMISSÃO

1. Nas configuracoes (ícone da engrenagem), configurar entradas e saídas no Hangouts, conforme:

– Logitech Camera

– Built-in Line Input (pra sala do NuSom)

– Built-in Output

2. Testar mandando o link para alguém

3. Clicar em “Start to broadcast” (youtube) ou “Start new conversation”

4. Copiar o link (no ícone “Invite people”) do hangouts.

5. Mandar por email.

6. No caso de youtube, copiar também o link do youtube.

Categories
Visões

Visões “Música e Mulher na América Latina: Relatos sobre o III Colóquio Ibermúsicas Chile” por Eliana Monteiro da Silva

Visões “Música e Mulher na América Latina: Relatos sobre o III Colóquio Ibermúsicas Chile” por Eliana Monteiro da Silva

No dia 02/10/2017, tive a alegria de participar da série Visões para contar minha experiência como convidada e representante do Brasil no III Coloquio Ibermúsicas Chile, em Santiago. Comemorando o centenário da cantautora chilena Violeta Parra, o colóquio abordou a temática “Música y mujer em Iberoamérica – haciendo música desde la condición de género”.

Entre as questões colocadas, discutiu-se “as dificuldades e os estereótipos que a mulher tem enfrentado ao querer se profissionalizar no campo da música; de que maneira o entorno social, cultural e político tem atuado para criar ou resolver tais dificuldades; como a mulher tem se situado no cânone masculinizante da composição, da música erudita ao rock”; entre outros. Participaram do debate representantes dos 11 países que compõem o Ibermúsicas, entre intérpretes, compositoras, musicólogas, antropólogas e sociólogas – além do organizador e musicólogo Juan Pablo González e do diretor do Ibermúsicas José Julio Díaz Infante. Somente o Chile contava com mais de uma representante.

Para contar sobre esta experiência, dividi meu relato em duas partes, que são:

  • Parte 1 – Da minha participação no III Colóquio Ibermúsicas Chile
  • Parte 2 – Das demais participantes latino-americanas

Na parte 1, contei que minha conferência se intitulou “Compositoras brasileiras no contexto da música erudita: uma história de luta contra a invisibilidade”. O objetivo foi mostrar a atuação das compositoras brasileiras na música erudita e sua luta por reconhecimento e visibilidade.

Comecei apontando que, do meu lugar de fala como intérprete, em algum momento constatei a negação da produção destas compositoras pelos estabelecimentos de ensino de música e pelo mercado de concertos e gravações, uma vez que há muito tempo estudava e divulgava obras variadas sem jamais ter tocado uma só composição feita por mulher. Isto me alertou para a naturalização das questões de gênero no ensino do instrumento, assim como na teoria musical, análise, etc.

Conforme me inseri no ramo da pesquisa acadêmica fui descobrindo compositoras incríveis, que passei a divulgar em recitais do meu duo dedicado a este fim com a cantora Clarissa Cabral, o Duo Ouvir Estrelas, em artigos, capítulos de livros e no livro “Clara Schumann: compositora x mulher de compositor”. Fruto desta investigação são as 20 compositoras brasileiras que mostrei no colóquio, nascidas entre 1847 e 1987.

Estas guerreiras, apesar do ambiente adverso, participaram da construção de uma música com características próprias do Brasil e, consequentemente, da América Latina. São elas: Chiquinha Gonzaga, Branca Bilhar, Dinorá de Carvalho, Helza Cameu, Cacilda Borges Barbosa, Eunice Katunda, Lina Pires de Campos, Esther Scliar, Kilza Setti, Maria Helena Rosas Fernandes, Jocy de Oliveira, Marisa Rezende, Vania Dantas Leite, Nilceia Baroncelli, Ilza Nogueira, Denise Garcia, Silvia Berg, Silvia de Lucca, Valéria Bonafé e Patricia de Carli. Poderia mostrar muitas mais, não fosse o tempo restrito. O recorte que escolhi abarcou a maior quantidade possível de estilos, técnicas, locais de nascimento e instrumentos utilizados.

A última parte da minha fala no colóquio foi dedicada a ações afirmativas empenhadas em mudar o cenário conservador e machista da música erudita no Brasil, entre as quais destaquei as atividades realizadas pela nossa rede “Sonora – músicas e feminismos”.

A participação do violonista Cauã Canilha tocando “Ponteio e Tocattina” de Lina Pires de Campos deu um charme especial a esta edição do Visões!

Sobre as demais participantes da América Latina, que relatei na Parte 2, colocarei aqui um breve resumo de suas conferências:

Romina Dezillio (Argentina)“Las primeras compositoras profesionales de música académica en argentina: logros, conquistas y desafíos de una profesión masculina”

Em seu trabalho, Romina apresentou algumas das primeiras compositoras eruditas que se profissionalizaram na Argentina, nascidas entre o fim do século XIX e início do XX, e que atingiram certa visibilidade na década de 1930. A autora discutiu a recepção de suas obras pela imprensa, que lhes atribuiu como qualidade a “sinceridade” e conferiu a condição de “adorno” às suas práticas musicais.

Yael Bitrán Goren (México)“De la invisibilización al canon: mujeresen la academia, el rock y la sala de concierto en méxico en la segunda mitad del siglo XX”

Yael enfocou a presença sólida de mulheres na música de concerto e no rock mexicano da segunda metade do século XX, apesar do caráter machista inerente a estes ambientes artísticos.  Por meio de entrevistas, buscou responder às perguntas: em que medida foram superadas as dificuldades das mulheres em profissões eminentemente masculinas como a composição destas vertentes musicais? Como são vistas estas compositoras frente ao cânone masculino? “

Soledad Castro Lazaro (Uruguai) “Murgas de mujeres (estilo uruguayo) en América Latina”

A autora falou sobre a murga uruguaia, manifestação musical e carnavalesca na qual, em mais de cem anos de historia, somente quatro grupos de mulheres participaram do carnaval oficial. Por meio de um breve recorrido histórico da murga uruguaia com una perspectiva de gênero, Soledad questionou as razoes da invisibilização e exclusão da mulher durante todo o século XX.

Ana María Arango Melo (Colômbia) “Entre arrullos, chumbes y sanpachitos. Cuidados de la primera infancia y estéticas sonoras en los afrochocoanos de Colombia”

A conferencia de Ana Maria pretendeu visibilizar uma serie de praticas e rituais das mães e avós do Pacifico Colombiano em torno das crianças em sua primeira infância. Ela mostrou que a forma como estas concebem os corpos, os sons e o movimento denota uma enorme relação destas praticas e estéticas com a vida musical desta população, além de apontar sua visão de mundo.

Susan Campos Fonseca (Costa Rica)“Artistas electrónicas en Costa Rica: un estudio de filosofía tecnológica feminista”

Susan analisou os estudos dedicados às compositoras, artistas sonoras e cantautoras na Costa Rica, procurando evidenciar como a historia da música ocidental, a historia da música do século XX e a historia da música latino-americana constroem narrativas que se introduzem na historiografia costarricense. Ela apontou que tais narrativas se refletem na formação em composição musical e na educação básica em geral, perpetuando métodos herdados da filosofia e da historia eurocêntrica, com suas ideias de civilização, cultura, obra, autor/a e cânone. Segundo a pesquisadora, é preciso descolonizar a pesquisa e repensar as propostas metodológicas e teóricas, sob risco de mantermos os mesmos paradigmas que indicam o que merece ser estudado e o que não.

Lorena Valdebenito (Chile) “Creación musical femenina en Chile: canon, estereotipos y autorias”

Lorena se propôs a rever a maneira como a academia tem abordado a criação musical feminina no Chile, enfocando, principalmente, o surgimento da cantautora como figura chave na formação de cânones na cena musical popular que se inicia no final dos anos ‘90 e inicio de 2000.

Karla Lamboglia (Panamá) – “La mujer en la música panameña: un retrato contemporâneo”

A autora refletiu sobre a situação atual da mulher no ambiente musical panamenho, segundo diferentes estilos e manifestações. Ela apontou a condição particular do Panamá, pela convivência de seus habitantes nativos com imigrantes norte-americanos do sexo masculino que vão trabalhar na zona do canal. Em vista deste cenário, evidenciou as dificuldades de fazer música sendo mulher, mas, também, buscou apontar soluções possíveis e sustentáveis para tornar o panorama musical mais balanceado e equitativo.

Romy Martínez (Paraguai) – “La mujer paraguaya: roles y desafíos como profesional de la música”

Romy buscou ilustrar alguns dos papéis desempenhados por artistas paraguaias como profissionais da música na atualidade, por meio de biografias e relatos de mulheres nascidas entre as décadas de 60 e 80 que atuam dentro ou fora de seu país como instrumentistas, cantoras, compositoras e/ou docentes. A própria autora, que é cantora e pesquisadora, participa dos relatos.

Sarah D. Yrivarren (Peru) – “Construcción y representación de discursos de femineidad en la escena “metalera” de Lima”

Sarah pesquisa os conflitos que afrontam mulheres em comunidades eminentemente masculinas como a metaleira, corroborados pelo formato conservador da sociedade peruana. Sua investigação agrega observação em bares “metal”, concertos, shows e feiras de discos, traçando um perfil das formas de organização e comunicação destes grupos.

Ailer Pérez Gómez (Cuba) – “Mujer y música en Cuba: caminos profesionales”

De acordo com Ailer, o enfoque de gênero não é ainda uma perspectiva sistemática na pesquisa sobre música em Cuba, embora tenha crescido nos últimos quinze anos com a crescente inserção de mulheres em trabalhos associados à música. Esta prática vem sendo mediada pelas particularidades do sistema político-social vigente no país, que tem fomentado um espaço de formação profissional em música de alto nível, e, em essência, inclusivo, tanto no âmbito da formação quanto do desempenho profissional.

Daniela Fugellie (Chile)“Leni Alexander (1924-2005) o la migración perpetua”

Daniela falou sobre a perspectiva de gênero na imigração para o Chile no século XX, enfocando a compositora Leni Alexander, nascida na Alemanha e residente no Chile desde os 15 anos. A autora ressaltou a dificuldade de se obter dados sobre casos como este, ao qual se soma o fato de que Leni era judia, de esquerda e fazia parte da comunidade musical de vanguarda. Entretanto, foi uma das poucas compositoras a se destacar na década de 1950.

Marisol Facuse (Chile)“Música, género e inmigración: carreras musicales de mujeres inmigrantes latinoamericanas en Chile”

Marisol também investiga as comunidades imigrantes no Chile, com atenção especial ao período do retorno à democracia ao país após décadas de ditadura, no século XX.  A autora procurou compreender a influência das práticas musicais nas identidades e sociabilidades, promovendo processos de mestiçagem cultural.

  • Algumas conclusões:

A convivência intensa de 4 dias de colóquio fez das participantes um grupo carregado de intimidade e cumplicidade. O fato de que voltaríamos para nossos países de origem nos deu leveza e liberdade para que nos abríssemos sem reservas e externássemos nossas opiniões de forma produtiva.

O sentimento de ser mulher e latino-americana também nos fez, de certo modo, um pouco subversivas. Isto ficou mais evidente quando participamos como ouvintes do Colóquio Violeta Parra – que incluía convidadas e convidados do chamado Primeiro Mundo, ou, os ”colonizadores”.

  • Outras conclusões (não tão boas):

O fato de estarmos entre mulheres para falar da exclusão da mulher na música (sendo que o convite não se restringia ao gênero feminino) evidenciou a questão do desinteresse dos homens em pesquisar o assunto.

Por mais que os organizadores – homens – se empenhassem em demonstrar o contrário, não houve espaço nem tempo para darmos qualquer encaminhamento às questões pautadas durante o evento.

O primeiro momento musical realizado no intervalo das palestras foi apresentado por um grupo de 4 folcloristas, todos homens, cantando música de homens com letras machistas – típicas do contexto em que foram compostas.

Resta saber se o evento III Colóquio Ibermúsicas Chile ficará isolado do resto do contexto musical, ou se de fato servirá para motivar mudanças na percepção e na atuação da comunidade artística – principalmente a acadêmica.

Alguns vídeos mostrados:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Categories
Visões

Visões “Música e Mulher na América Latina: Relatos sobre o III Colóquio Ibermúsicas Chile” por Eliana Monteiro (Divulgação)

 

Neste encontro, Eliana Monteiro da Silva vai relatar sua experiência ao participar do III Colóquio Ibermúsicas Chile, no qual representou o Brasil junto a outros 10 países da América Latina. O evento aproveitou o centenário da compositora e intérprete chilena Violeta Parra para pensar a situação da mulher na música em contextos diversos da América Latina. Participaram intérpretes, compositoras, sociólogas e antropólogas. A participação brasileira foi indicada pela FUNARTE.

Cada palestrante apresentou um aspecto da mulher na música de seu país. A fala de Eliana intitulou-se “Compositoras brasileiras no contexto da música erudita: uma história de luta contra a invisibilidade”. Vinte compositoras foram mostradas para dar uma ideia da representatividade da mulher na composição erudita brasileira. A atuação da rede Sonora para romper o cerco de invisibilidade que envolve as musicistas brasileiras em geral, e na composição em particular, foi mostrada na última parte da palestra de Eliana no colóquio.

Categories
Operacional

Ata da reunião de 25/09/2017 – interna

Pauta

A pauta que ficou para hoje foi a escolha de textos sobre feminismos para GE, conversa sobre projeto com violonistas idealizado por Pauliane Amaral e flyers dos eventos futuros.

Sobre o projeto da Pauliane Amaral, conversamos com o Luciano Cesar e com a Carolina Andrade, violonistas, a respeito das possibilidades e dificuldades de mandar um projeto como este para o Itaú Cultural.

  • Luciano apontou que, em geral, um edital deste porte pede gravações e materiais com grande parte já pronta, sendo que a deadline é em princípio de novembro.
  • Carolina opinou que talvez seja mais fácil planejar uma gravação do que uma serie de recitais, já que seria mais simples orçar um estúdio do que varias salas de concerto pelo país (como parece ser a ideia original da Pauliane).
  • Os três foram postos em contato via email para discutir o projeto. A Sonora se dispõe a ajudar no que for necessário.

Sobre as atividades pensadas para o calendário, a data programada para a flautista Sylvia Hinz terá que ser revista. Ela não poderá estar no dia 13/11.

  • Foi decidido que fica uma edição do Vozes com a Flora Holderbaum no dia 13/11.
  • Outras datas então terão que ser modificadas em função desta mudança. A princípio o calendário foi repensado da seguinte forma:

02/10 Visões com Eliana

16/10 R.O. Selecionar textos para mandar para a seção Reading do WISWOS

23/10 GE com Vozeiral e Coletivo Feminista (provável)

30/10 Vozes com Renata Roman ou Visões com Antonilde Rosa

06/11 Idem

13/11 Vozes com Flora

27/11 Encerramento

Em relação aos flyers, Ariane se ofereceu para fazer o do próximo Visões, de Eliana. Foi enviado para ela a imagem e o release do evento. Davi ficou de colocar o post da Visoes no FB e no site.

Outra atividade realizada foi a troca da imagem de capa do site e correção de alguns posts antigos, bem como colocar algumas publicações da rede no Facebook. Mariana ficou de refazer os links das transmissões antigas.

Lilian retomou o assunto da participação da Sonora no WISWOS, lembrando que há neste site uma aba para inserir textos sobre mulheres na música experimental e/ou contemporânea. Ficou decidido que faremos um levantamento de textos para este fim.

Lilian também ficou de fazer um doodle para resolver a data da participação da flautista.

Próxima reunião

  • Série Visões com Eliana Monteiro da Silva: “MÚSICA E MULHER NA AMÉRICA LATINA: RELATOS SOBRE O III COLÓQUIO IBERMÚSICAS CHILE”.
  • Resolver data da participação da Sylvia Hinz e outras pendências.