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Ata da reunião de 14/08/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje se destinou, principalmente, a discutir a organização da rede: formas de participação, vínculos institucionais, canais de comunicação, dinâmicas dos encontros, etc. Esta era uma demanda antiga, que vinha sendo adiada, às vezes por falta de quórum, outras vezes por urgência de outras demandas que se sobrepuseram.

Também havia sido marcado para hoje o levantamento e processamento das gravações enviadas por integrantes da rede para o manifesto sonoro para Mayara Amaral, mas não houve tempo hábil..

  • Em relação às formas de participação, foram retomados alguns temas como quem é a rede e quem se sente parte da rede. Foi lembrado que o formulário realizado pela Tania em 2016, auxiliado pela Camila e outrxs, mostrou que muitas pessoas que quiseram preencher o formulário não necessariamente eram bastante ativas no cotidiano da rede, mas se sentiam parte dela.
  • Já tinha sido sugerido pela Isabel, via whats up, que a rede definisse um núcleo duro para se responsabilizar por projetos e decisões. Estes projetos e decisões seriam divulgadxs na lista. Foi falado em estipular prazos para que pessoas do núcleo duro possam entrar e sair deste núcleo.
  • Foi sugerido fazer um convite aberto na lista para pessoas interessadas em fazer parte do núcleo duro.
  • Valéria sugeriu que fossem formadas comissões por projetos em vez de por períodos, para que não haja um engessamento de funções. A rotatividade é importante, para não sobrecarregar pessoas e, ao mesmo tempo, para capacitar a todxs da rede.
  • Lilian levantou a questão da confiança nas comissões e respeito ao trabalho das mesmas. Existem decisões mais e menos delicadas, que devem ser levadas em conta.
  • Tania sugeriu que o núcleo duro tenha determinados fundamentos comuns, como regras a serem respeitadas.
  • Flora colocou algumas de suas experiências no coletivo feminista para dar exemplos de ações colaborativas.
  • Foi colocada a importância do apoio mútuo, da possibilidade de rever decisões, retomar ações, como o próprio abaixo-assinado para a Mayara Amaral. Todxs concordaram em que as reuniões não são definitivas em quanto a posicionamentos e projetos, que tudo pode ser repensado e temas que ficam em aberto podem e devem ser retomados. Foi discutido o fato de que as vezes as desconfianças criam barreiras.
  • Ao mesmo tempo foi colocado que a Sonora tem uma atuação política e que deve assumir isso. A dificuldade é a pluralidade de ideias, que também precisa ser respeitada. É um desafio da Sonora lidar com tudo isso.
  • Alguns assuntos internos sobre o painel que a Sonora mandaria à Anppom no congresso deste ano foram retomados e discutidos. Foi importante o fato de varias pessoas se abrirem e serem ouvidas.
  • Foi colocado o problema da centralização da rede em São Paulo, na USP e no grupo mais constante nas reuniões. Este ponto deve ser mais refletido pela rede.

Próxima reunião

  • Ficou decidido que a pauta da próxima reunião será a definição do núcleo duro da rede, bem como das possíveis comissões para projetos específicos.
  • Também ficou para o próximo encontro o levantamento e processamento dos arquivos de áudio para o protesto sonoro Mayara Amaral.
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Ata da reunião de 07/08/2017 – primeira do 2º semestre

Pauta

A primeira reunião do 2º semestre foi dedicada a assuntos propostos no último encontro de junho, bem como a temas que surgiram durante as férias de julho. Foram tópicos discutidos:

  • Abaixo-assinado sobre o assassinato da violonista Mayara Amaral
  • Convite do Alexandre Zamith para performance-homenagem à mesma
  • Organização da rede
  • Convite do Thiago Cury para a Sonora participar, com ele, do edital Proac de 2017

Abaixo-assinado

Foi discutida a relevância de se fazer um abaixo-assinado separadamente ao da ANPPOM, já que, enquanto aquela tem acesso a direcionar seu documento para outras instituições de ensino ou até do âmbito jurídico, a rede Sonora não teria as mesmas condições.

Assim sendo, decidiu-se fazer uma fala na plenária do congresso da ANPPOM, esclarecendo que a Sonora foi convidada para fazer o abaixo-assinado juntamente com a associação, mas divergiu em torno do termo feminicídio.

O texto originalmente confeccionado e aprovado pela Sonora será lido no tempo oferecido pelo Prof. Zamith para uma performance-homenagem-manifesto durante o congresso da ANPPOM, justamente quando Mayara faria uma performance sobre seu trabalho a respeito das compositoras de violão.

Convite do Prof. Zamith para performance-homenagem-manifesto a Mayara Amaral

Em relação ao convite feito à Sonora para fazer uma performance em homenagem e/ou manifesto pelo assassinato da violonista Mayara Amaral, foi decidido realizar uma intervenção pré-gravada e processada com as vozes das pessoas da lista interessadas em assinar o abaixo-assinado originalmente proposto pela Sonora. Cada gravação poderá ter até 1 minuto, em que as pessoas poderão externar sua consternação e/ou indignação pelo terrível ocorrido. O título da intervenção será o sugerido pela irmã de Mayara em texto previamente publicado no site da Sonora: “Que sua partida não seja silêncio”.

Foi feita uma chamada na lista para esta intervenção. As contribuições deverão ser enviadas em drive, arquivo wav, até o dia 14/8 por e-mail. Isabel se ofereceu para processar as gravações, com a ajuda da rede. O endereço a ser enviado o material é o link do google drive criado nesta reunião para este fim. Há abertura para sugestões e ideias em torno do tema. Foi feito um convite para que pessoas interessadas se envolvam também na fase do processamento das vozes, que pode ser realizada antecipadamente ou em tempo real.

Organização da rede

Em vista do pequeno número de pessoas presentes à reunião de hoje, o tema “organização da rede” foi mais uma vez adiado. Foi enviado um convite à lista para quem puder participar da próxima reunião, chamando atenção para a urgência de tratarmos o assunto tantas vezes pleiteado, sem mais adiamentos.

Convite do Thiago Cury

Em relação ao convite enviado à Sonora por Thiago Cury – para gravar um CD com obras de compositoras da rede a serem selecionadas mediante edital para participar do Proac 2017 -, foi considerado que o prazo limite (uma semana) é muito escasso para realizar uma proposta a contento da rede.

Próxima reunião

  • Organização da rede: formas de participação, vínculos institucionais, canais de comunicação, etc

 

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Ata da reunião de 26/06/2017 – interna por hangout

Pauta

A pauta da reunião de hoje foi a discussão sobre os textos selecionados com a temática “organizações e redes”. Foram selecionados os seguintes textos para discussão:

1.     “Por que a auto-organização é importante para as mulheres? ” Disponível em: http://blogueirasfeministas.com/2015/07/por-que-a-auto-organizacao-e-importante-para-as-mulheres/

2.     “O desafio feminista para organizações políticas tradicionais” Disponível em:

http://www.insurgencia.org/o-desafio-feminista-para-organizacoes-politicas-tradicionais/

3.   “Feminismos web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo” Disponível em: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15c56839c2764d4c?projector=1

 

Infelizmente nem todxs conseguiram comparecer, ainda assim vários pontos foram levantados a partir de idéias dos textos:

  • A necessidade de dividir tarefas entre xs componentes da rede, pelo menos entre xs que conseguem atuar com mais frequência. Seria interessante que estas tarefas fossem rotativas, para que todxs aprendessem a atuar em qualquer função. A rotatividade poderia ser bimestral, trimestral, semestral ou outrxs.
  • Foi sugerida a criação de uma agenda feminista online, dentro do próprio site da Sonora. Esta seria útil para divulgar ações feministas que ocorrem em localidades diversas. Para isto seria interessante dividir tarefas por localização (cidade, estado).
  • Também foi sugerido elaborar o calendário do próximo semestre com atividades mencionadas neste semestre. Entre as atividades e desejos foram lembrados:
    1. Encontra Sonora
    2. Curso sobre feminismo e suas correntes
    3. Radio Sonora
    4. Repositório sobre obras de compositoras para disponibilizar partituras, gravações, etc. Foi lembrada a vontade/possibilidade de falar com a compositora Denise Garcia sobre contato/parceria com o CIDDIC. Também foram lembradas as pesquisas em andamento de Isabel, Tania, Flora, Ruy e outrxs sobre mulheres na música experimental e arte sonora, que podem contribuir com este repositório.

 

Para além dos itens dos textos, foram abordados alguns temas de aspecto prático da rede:

  • Foi lembrado que o Congresso da ANPPOM vai inaugurar o espaço para crianças nesta edição de 2017. Tânia não poderá se encarregar de representar a Sonora no evento, mas seria muito importante que algum(a) membrx estivesse presente.
  • Foi comentado também o interesse em fazer uma reunião online durante o 13º Fazendo Gênero, que tem um Simpósio Temático elaborado pela Sonora e coordenado por Isabel e Laila. Esta reunião seria a primeira do semestre, com dia a definir. O intuito é reunir membrxs da rede, confraternizar e pensar atividades para o semestre – numa espécie de “brain storm”.
  • A primeira reunião em SP e por hangout será dia 7/8.
  • Foi acordado entre as pessoas que participaram desta reunião que o horário de segunda-feira para as reuniões continuará vigente por falta de uma discussão mais aprofundada do assunto.

 

Boas Férias!!!

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Ata da reunião de 19/06/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje foi iniciada enfocando os últimos eventos realizados pela Sonora, em especial a série Vozes com a compositora Denise Garcia e o GE que o antecedeu. Seguiu conforme agenda prevista no cronograma do fim de semestre, definido no encontro do dia 15/5, com a temática da organização e estrutura da rede. Alguns assuntos pontuais também foram tratados, uma vez que este foi o penúltimo encontro do semestre.

  • Sobre a entrevista da Denise Garcia, foi retomado o ambiente informal e aberto do encontro, em que a compositora contou sua trajetória. Como as questões de gênero costumam influenciar tomadas de decisões nas carreiras das mulheres, em especial as compositoras, este tema foi abordado e discutido. Foi comentado que faltou tempo para aprofundar o conhecimento sobre a obra da Denise, o que estimula a rede a pensar num novo encontro com a autora mais para a frente.
  • Outro ponto levantado foi o convite recebido por Eliana, mediante indicação da Valéria, para participar do III Coloquio Ibermúsicas a se realizar no Chile em agosto de 2017. O colóquio homenageará o centenário da compositora chilena Violeta Parra e enfocará questões de gênero na música. Onze países participam da organização Ibermúsicas, e o Brasil é um deles. Eliana vai basear sua fala no evento em sua experiência pessoal de pianista, na sua pesquisa sobre compositoras latino-americanas, e sobre a rede Sonora e sua contribuição para dar visibilidade à produção musical das mulheres.
  • Eliana trouxe também para o grupo a problemática de realizar uma serie de recitais com obras de mulheres, tarefa que faz parte de seu Pós-Doc. Este projeto, proposto no seu plano de atividades para a ECA-USP, pretende envolver alunos e professores em torno do repertório composto por mulheres. Porém, tem encontrado resistência para ocupar espaços físicos e simbólicos em que os concertos possam se efetivar. A Sonora se propôs a pensar em como apoiar seu projeto, organizando um recital específico com composições de mulheres a ser feito, por exemplo, no mês de  setembro.

Sobre os textos a serem lidos e discutidos para o encontro de hoje com a temática “organizações e estruturas de redes”

Como não foram definidos textos para hoje, a não ser a sugestão do Davi enviada anteriormente por e-mail e outras enviadas pela Tania no próprio dia do evento, o GE sobre organizações e estruturas de redes não teve possibilidade de acontecer. Ainda assim, houve uma discussão sobre o funcionamento da Sonora, sobre o núcleo que se reúne na USP, sobre o apoio do NuSon a este grupo cedendo sala e equipamentos e sobre como funciona o relacionamento deste núcleo com as(os) integrantes de fora de SP.

  • O 13º Fazendo Gênero foi citado como um momento de possibilidade de contato presencial entre membrxs da rede que vão para o congresso em Florianópolis.
  • Foi discutida e incentivada a ideia de que membrxs da Sonora que participam de fora de SP tomem a iniciativa de organizar atividades das quais todxs possam participar online. Foi sugerida a realização de um curso a ser ministrado pelo grupo da Camila, Tania e Isabel sobre feminismos e feminismo na música. Outras atividades, como a realização de edições da Encontra Sonora em João Pessoa ou em Florianópolis, foram pensadas.
  • Foi mencionado o desejo de propor que haja transmissão do Simpósio proposto pela Sonora no Fazendo Gênero, via hangout.

Próxima reunião – GE sobre organização e estrutura de redes feministas

26/6 – Foram selecionados os seguintes textos para discussão:

  1. “Por que a auto-organização é importante para as mulheres? ”Disponível em: http://blogueirasfeministas.com/2015/07/por-que-a-auto-organizacao-e-importante-para-as-mulheres/
  2. “O desafio feminista para organizações políticas tradicionais” Disponível em: http://www.insurgencia.org/o-desafio-feminista-para-organizacoes-politicas-tradicionais/
  3. “Feminismos web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo” Disponível em: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15c56839c2764d4c?projector=1

Mariana ficou de mandar um email com os textos e links dos mesmos na lista.

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Operacional

Ata da reunião de 15/05/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje enfocou aspectos práticos. Um deles foi a futura ausência da Ariane devido à bolsa sanduíche que ela fará para Londres em breve.

  • Ariane se dispôs a nos ensinar a fazer flyers para os eventos. Para garantir, ela deixou um modelo neutro que pode ser adaptado pela rede nas ocasiões em que isso seja necessário.
  • Ariane também editou um vídeo da rede que estava disponível no youtube, ensinando-nos passo a passo. Foi apontado que há vários vídeos do início da rede que precisariam ser editados, pela má qualidade do som e outros fatores.

 

Outro item da pauta foi a edição passada da série Visões, com o evento “Visões Coletivas”.

  • Muitos pontos foram discutidos no evento e ficou a questão do que fazer com todas as ideias levantadas.
  • Foi lembrado que o próprio encontro realizado foi estimulado por um convite anterior do diretor da ECA aos coletivos, na semana de 8 de março, que acabou não ocorrendo naquela ocasião. Há uma expectativa da direção de que realizemos algo conjuntamente com os coletivos. Uma iniciativa seria organizar um fórum de discussões sobre questões relacionadas à opressão da mulher.

 

Alguns eventos passados que precisavam ser colocados no site da rede foram inseridos.

  • Cada pessoa colocou um evento para aprender a usar as ferramentas.

 

Calendário. Até o fim do semestre teremos 5 encontros: 29/5; 5/6; 12/6; 19/6 e 26/6. Com base neste cronograma, formulamos algumas sugestões a serem discutidas:

  • Ficou pendente, do semestre anterior, uma edição do Vozes com a compositora Denise Garcia. Foi sugerido um “pacote” de 2 encontros relativos a este evento: um GE contendo textos e escuta das obras dela, e uma edição do Vozes com a entrevista à compositora.
  • Outro assunto pendente foi a Organização da rede Sonora. Da mesma forma foi sugerido um pacote de 2 encontros: um contendo um GE com textos sobre organização de grupos, e uma reunião para debater o assunto.
  • Todos estes assuntos serão mandados na lista com pedido para que as respostas sejam dadas até o dia 22/5. Caso ninguém se oponha, o convite para a Denise será feito dia 23/5 pela Valéria.

 

Próxima reunião

Como no dia 22/5 não haverá reunião (há um evento do NuSon), o dia 29/5 ficará reservado para reunião operacional, seja de confecção do flyer do evento da Denise, ou para escolher outro tema (ou ainda, outra convidada).

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Visões

Ata da reunião de 8/05/2017 – Série Visões com Coletivos da ECA “Visões Coletivas”

“Visões Coletivas”

Esta edição da Série Visões reuniu 3 coletivos da ECA-USP para contar suas experiências e somar forças com a Sonora na empreitada de dar mais visibilidade, abrir espaços e romper barreiras para as mulheres. O primeiro coletivo a se apresentar foi a coletiva Vulva da Vovó, e seguiu-se com o Coletivo da ECA e o CALC – com enfoque no Núcleo Anti-opressão do centro.

Vulva da Vovó

Formada por 11 mulheres e 1 homem, tem foco nas artes cênicas. Têm o feminismo com método, o que inclui participar e montar peças de teatro de autores masculinos com olhar feminista. Feminismo interseccional – gênero, raça e classe – perpassa a poética desta coletiva, fazendo com que elas batalhem para levar as peças a localidades fora do centro onde peças deste tipo tem menos alcance.

Fazem eventos como o Festival Feminista, entre outros, em que divulgam outros braços da coletiva, como a editoração. Este ano será lançada a tradução de um texto de escritora latino-americana. A América Latina está no foco da coletiva.

Outro foco é o ambiente acadêmico, bastante machista e classista. A coletiva percebe o quanto as universidades públicas em geral – e a USP talvez mais do que a UNESP, por exemplo, pelo fato de ter cursos formatados em período integral impedindo alunxs de trabalhar – são hostis a grande parte da população.

Coletivo Feminista da ECA

Surgiu em 2013 durante uma greve da universidade. Criou-se uma iniciativa de empoderamento para discutir questões ligadas ao feminismo e à universidade. Este ano o coletivo está tentando retomar as atividades, uma vez que coletivos em geral estão um tanto desativados pelo viés político que representam.

O coletivo gostaria de reunir mais pessoas da ECA, não só alunas e tampouco de um curso específico. Elas estão preparando uma semana da arte feminista para unir pessoas interessadas no assunto.

Este ano elas fizeram uma intervenção na sala de um professor do curso de jornalismo, autor das fotos divulgadas de D. Marisa no hospital. Elas levaram a bateria da ECA e colaram cartazes sobre falta de ética, machismo e assédios em geral. O professor abriu um processo contra as alunas envolvidas no ato.

Dia 24/5 terá um sarau organizado por elas, entre outras atividades. Foi colocada a necessidade de ter mais integrantes para se envolver com as atividades.

É um coletivo auto organizado que se reúne semanalmente. O objetivo é acolher pessoas de todas as praias, ideias e posicionamentos, desde que tenham interesse em questões feministas.

CALC – Centro Acadêmico Lupe Coltrim

Entre os núcleos do centro há o Núcleo Anti-opressão, criado para proteger pessoas vulneráveis principalmente nos dias atuais. Agem conjuntamente com o Coletivo Feminista da ECA em muitas vertentes, pois as dificuldades são comuns. Elas entendem que o Movimento Estudantil as coloca um tanto quanto de lado e que seu enfoque é machista. Por esta razão se unem e se fortalecem.

A gestão atual iniciou-se em novembro. Tem sido particularmente difícil, desde o fechamento da prainha com grades visíveis e invisíveis. Elas colocam o fato de um aluno estuprador ter sido diplomado como mostra do descaso com as questões de vulnerabilidade das mulheres.

O CALC tem um núcleo de eventos. A Semana Emancipa foi um destes eventos, debatendo questões com pessoas de outras áreas da universidade. Nesta semana elas conheceram a Sonora, uma vez que tinha uma integrante falando da opressão da mulher na música. Também conheceram representantes do feminismo negro, LGBT, entre outras.

Na próxima semana elas tem um evento sobre Comunicação Pública.

Foi levantada a questão da neutralização de questões feministas pelos chamados “esquerdo-machos”, pessoas envolvidas com temáticas ditas “de esquerda” que, de certa maneira, zombam do discurso feminista.

Também foi mencionado o documentário “Precisamos falar sobre assédio”, cuja autora vai fazer, com o CALC, um evento de apresentação e discussão sobre o mesmo.

Debate

Uma integrante perguntou se o CALC já se envolveu com a questão do assédio entre professores e alunxs. Se já fizeram ações para defender o interesse de alunxs a partir de um canal de denúncias. A representante do Núcleo Anti-opressão disse que há iniciativas em andamento, sendo pensadas, mas que é difícil.

Foi perguntado o que é uma denúncia institucional. A mesma representante contou um caso sobre um processo de sindicância em que uma aluna abriu uma queixa e depois desistiu e o caso foi esquecido.

Nas artes cênicas isto é particularmente difícil, porque existe um discurso de que o professor de teatro deve incitar xs alunxs a se soltarem, a liberar o corpo, a “lidar com estas questões”. Neste contexto o assédio segue ocorrendo envolto num véu de “metodologia”.

Foi observado que o liberalismo também vem adotando discursos pseudo-feministas, aproveitando a recepção que o assunto alcança em termos de mercado. Artistas aparecendo mais, editais para criações voltadas ao gênero e outras iniciativas podem maquiar o cerceamento que as mulheres enfrentam o tempo todo da vida.

Foi mencionada a mudança que a USP está vivenciando no sentido de tornar a universidade cada vez mais propícia a pessoas que tem carro, com viés mais elitista. As grades da prainha fazem a comunidade dar uma volta enorme para chegar a certos departamentos da ECA, o que no caso das mulheres pode significar maior vulnerabilidade, principalmente a noite. A possível reforma da “vivência” é outro tema polêmico por não ser uma prioridade. Outras ações seriam mais urgentes e até mais simples, como a compra de lâmpadas para a Praça do Relógio, entre outras.

Uma pergunta relevante foi como estes coletivos atraem integrantes para suas atividades. O Coletivo Feminista já tinha mencionado os saraus, que costumam reunir muita gente.

Foi falado sobre a falta de experiência para lidar com denúncias, que providências tomar, que atitude cabe nestes casos. Muitas mulheres não querem que suas histórias sejam “invadidas”, ainda que seja para fortalecer a causa.

A idade também começa a pesar para algumas integrantes dos coletivos, no sentido de que os ambientes de trabalho demonizam pessoas envolvidas nestas práticas. Algumas apontam que enquanto eram estudantes se sentiam mais livres para agir, e que depois de formadas temem por seus empregos.

O encolhimento dos espaços de convivência estudantil foi apontado como colaborador da dificuldade dos coletivos de atrair pessoas interessadas. Cada vez mais xs alunxs ficam fechadxs na sala de aula. Neste sentido a questão das grades corroboram com o afastamento em geral.

Isto se liga diretamente à questão do produtivismo. Na pós-graduacão, especialmente, alunxs tem muita demanda e ela dificulta outras áreas de atuação.

A questão das cotas foi aventada. O CALC disse que a luta por cotas sempre foi presente, mas ainda não computam muitos resultados favoráveis. O assunto está bem mais pautado, há comissões que representam a pauta, porém ainda não atingiram muitos objetivos práticos. Na música as cotas esbarram no exame de aptidão.

O eurocentrismo também é um cânone arcaico que se perpetua e é excludente. Esta é uma outra batalha a ser travada. A representante da Vulva da Vovó se ofereceu para compartilhar textos latino-americanos para reflexão.

Foi sugerida a ideia de redigirmos um documento coletivamente, propondo as mudanças que foram mencionadas como urgentes neste evento.

De modo geral, todxs ficaram muito felizes com este encontro dxs coletivxs. Houve uma empatia muito grande e aflorou um enorme desejo de atuar coletivamente.

 

 

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Ata da reunião de 24/04/2017 – operacional

Pauta

A pauta da reunião de hoje foi a organização do próximo evento da série Visões, a ser realizado dia 8/5/2017, às 17:30h, na sala 12 do CMU. O evento se chamará Visões Coletivas, pois reunirá coletivos feministas da ECA.

Mariana e Flora haviam se responsabilizado por entrar em contato e conseguiram falar com os seguintes coletivos:

  • Vulva da vovó, o qual confirmou a presença de 3 ou 4 pessoas;
  • Coletivo Feminista, que demonstrou interesse mas ficou de confirmar;
  • Núcleo Anti-opressões do Calc, do qual virá Maiara e mais algum membro do núcleo.

Outros coletivos devem ser contatados, tais como:

  • Opá Negra, que Flora vai chamar;
  • Camaleoa, núcleo LGBT, com quem Flora também ficou de entrar em contato;
  • Eca atlética, que parece ter um núcleo anti-opressões.

Para a organização deste evento, alguns dos pontos levantados foram:

  • Estipular um tempo de 15 a 20 minutos para cada coletivo se apresentar e contar sua trajetória. Após as apresentações será aberto um debate.
  • Organizar uma mesa de café (oficial).
  • Ariane ficou responsável por fazer o cartaz de divulgação.
  • Eliana ficou responsável por imprimir 10 cartazes na terça dia 2/5 e colar pela ECA. Locais: Plásticas, Cinema, Vivencia, Carol (cantina), CMU (porta), Biblioteca, CRP (Relações Públicas), Jornalismo, Prédio Central, Sala 12.

Outro assunto em pauta foi a elaboração do calendário do semestre da rede. Foram lembrados os desejos mencionados na última reunião de 2016:

  • Rádio-Arte – este projeto foi iniciado no ano passado e não houve tempo para dar continuidade. Já haviam sido escolhidos tópicos para os programas. Ariane lembrou alguns deles, que constam do site.
  • Fazer página da rede no Facebook. Esta atividade foi realizada na segunda parte da reunião.
  • Reeditar a discussão sobre maternidade e feminismo, ampliando a ação em atividades.
  • Retomar a possibilidade de entrevistar as compositoras/criadoras Denise Garcia e Renata Roman, que já haviam aceito o convite em 2016.
  • Reivindicar alguns facilitadores (como trocadores de bebês) para mães estudantes, professoras e funcionárias.
  • Realizar atos com mulheres e crianças para chamar atenção da ECA para as dificuldades que as mesmas enfrentam. Estas são ações que podem ser realizadas em parceria com os coletivos após o encontro da serie Visões.
  • Retomar grupos de estudos sobre feminismo negro e indígena.

Avisos

Foi confirmada a reunião extraordinária sobre o Painel para a Anppom dia 25/4 às 18:00h. O local será a sala do NuSon.

Próxima reunião

Série Visões com o evento Visões Coletivas – dia 8/5/2017 às 17:30h. Sala 12 do CMU.

 

 

 

 

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Ata da reunião de 17/04/2017 – interna

A pauta da reunião de hoje não foi previamente definida devido à pendência de uma conversa sobre o painel que a rede Sonora estava elaborando para o Congresso ANPPOM 2017. Em meio à elaboração deste painel, do qual constariam 3 artigos sobre a formação e atividades da rede, percebeu-se que era um tanto precoce apresentar um painel sobre a rede sem termos tempo de amadurecer os artigos. Uma reunião sobre este processo está para ser marcada, mediante a possibilidade de todxs xs envolvidxs no painel.

Na ausência de uma pauta pré-estabelecida, aproveitamos para fazer alguns relatos de atividades realizadas nas últimas semanas, tais como:

  • Lilian contou sobre sua participação no evento Emancipa ECA, organizado pelo CALC. O evento contou com várias mesas, sobre Feminismo, Movimento Negro, LGBT, entre outras. Lilian participou da mesa sobre Feminismo, com a Lola Aronovich (que tem um blog feminista e participou por skype) e Juliana Gonçalves (jornalista, negra, colunista do site Brasil de Fato).

Lola falou sobre o feminismo no contexto político do golpe no Brasil. Lilian falou       sobre a Sonora e Juliana sobre pesquisadoras negras, que mesmo no ambiente acadêmico eram pouco conhecidas do público do evento. Lilian disse que o evento foi uma inovação no âmbito da ECA e que foi muito bem organizado. Ficou satisfeita em ter participado.

  • Mariana falou sobre o convite que a Sonora recebeu do Prof. Eduardo Monteiro para participar de um evento de música no dia 8 de março. Na ocasião consideramos que teríamos pouco tempo para realizar um evento como gostaríamos, mas a ideia continuou ressoando na rede como uma possibilidade de proposta futura (futuro próximo).
  • Flora, do Coletivo Feminista da ECA, falou sobre a participação do Coletivo na organização deste evento que a Sonora vai oferecer para a ECA. Ela disse que o próprio Centro Acadêmico está tentando unir estes coletivos para que mais pessoas participem dos mesmos. Muita gente, segundo Flora, se sente intimidada em integrar um coletivo. Num formato mais amplo, talvez mais pessoas cheguem.

Foi levantada a possibilidade de realizar um encontro com os coletivos para iniciar o contato. Uma proposta seria fazer uma reunião da série Visões dia 8/5 com alguns membrxs de cada coletivo. O nome do evento será “Coletivas”. Mariana e Flora ficaram responsáveis por convidar os coletivos para este evento.

Vamos providenciar cartazes impressos para divulgar o evento pela ECA.

  • Valéria falou sobre a mesa de debates organizada pelo IEB e CPF, no I Seminário Mulheres, Arquivo, Memória, em comemoração ao mês da mulher – Março. Na mesma mesa falou Carô Murgel, autora de uma pesquisa sobre cantoras brasileiras. Nesta mesa, Valéria falou sobre sua carreira de compositora e atuação no meio musical – marcadamente machista – e da rede Sonora. Valeria lembrou que o público do evento se interessou muito pela Sonora, elogiou e que o CPF convidou a rede para ocupar espaços oferecendo projetos de música, pesquisa e outros. Ela considerou muito especial esta oportunidade de falar sobre a rede a pessoas importantes da música e do feminismo.

Além dos relatos, algumas considerações foram pautadas na reunião:

  • Foi lembrado que muitos links interessantes são compartilhados na lista de e-mails e não têm sido adicionados no site. É preciso atualizar esta aba do site e disponibilizar maneiras das pessoas compartilharem diretamente no site.
  • Tânia sugeriu que façamos uma divisão de tarefas por localidade. Ela mencionou a necessidade da Sonora conversar sobre assumir papeis dentro da rede. Esta é uma temática importante para a rede.
  • Foi lembrado que o calendário online que foi feito no ano passado não tem sido alimentado, e que certas atividades divulgadas na lista de e-mails poderiam ser divulgadas nele para que nãos e percam em meio à velocidade da lista.
  • Em relação à lista, Valéria apontou que muitas pessoas que fazem parte não sabem direito do que se trata a rede.
  • Ariane lembrou de uma pauta que foi importante no início da Sonora, que é a misoginia no âmbito da música. Vários fatos que foram denunciados tiveram a denúncia retirada por medo. Todas concordamos que este tema deve ser discutido nos grupos de estudos.
  • Outro ponto importante é a colocação de prazos para determinar ações: uma semana, por exemplo. Neste prazo, quem responder participará e opinará de determinado evento ou contexto, e xs demais aceitarão o que for decidido. O objetivo é dar mais dinamismo à rede.
  • Foi proposto um doodle para marcar a reunião sobre o painel. Datas possíveis: entre 24/4 e 1/5, em qualquer horário.
  • No mesmo e-mail do doodle cada pessoa mandaria sugestão de 2 pautas para esta reunião.

 

 

 

 

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Vozes

Ata da reunião de 03/04/2017 – Série Vozes com Ariane Stolfi

Nesta entrevista da série Vozes, Ariane Stolfi contou sobre sua trajetória a partir de uma formação em Arquitetura (mais focada em web design) rumo à pesquisa em música na ECA-USP. Atualmente ela é doutoranda no Depto. de Música desta universidade, e está de partida para uma experiência de bolsa-sanduíche na Inglaterra.

Ariane iniciou a busca em música através de programas como PD, linguagem html, entre outras. Trabalhou em instalações e performances, colaborando na parte de design e tecnologia e aprendendo a parte musical com artistas parceiros. Foi se inserindo na produção de ruídos eletrônicos, aprimorando a técnica e refinando a sonoridade obtida, até decidir entrar na área musical da academia, onde é membro do NuSom, Orquestra Errante, rede Sonora, etc.

Na pós-graduação em música, Ariane retomou o trabalho com a própria voz, que havia deixado um pouco de lado após algumas experiências cantando marchinhas de carnaval e outras composições próprias. Redescobriu também o xequerê, instrumento que toca na Orquestra Errante e em blocos dos quais faz parte. O trabalho vocal foi no campo experimental, com ruídos guturais, texturas e sonoridades diversas. Alguns exemplos destas práticas estão no seu soundcloud.

O blókõkê foi outra investida, em contato com pessoas de baterias diversas, arquitetas e arquitetos com desejo de fazer música. O bloco toca música de karaokê, coisas que todos saibam a letra e vários microfones para que o público participe.

As experiências com improvisação e arte sonora estão também em seu projeto banda aberta. Ariane se interessa pelo lado lúdico, acessível e abrangente do fazer musical, o que é possibilitado pela tecnologia do projeto Banda Aberta. As letras e sílabas são transformadas em tipologias, com as que brinca criando desenhos, séries e módulos. Cria frequências e as associa a vogais e consoantes. O resultado é dinâmico e, ao mesmo tempo, controlável.

O público da série Vozes pôde interagir e experimentar seu programa de Banda Aberta: cada um com seu celular escrevia frases, letras, palavras, e isso era transformado em som que ia se somando aos demais. Inclusive as pessoas que assistiram por hangout.

Ariane usa programas da arquitetura na música. Ela consegue transpor uma linguagem para o outro campo com facilidade. Gosta de criar ferramentas para criar, para si mesma e para outras pessoas.

Tem também experiência docente, na faculdade de arquitetura. O Doutorado vem também potencializar esta sua via produtiva.

Em relação ao feminismo, Ariane disse que não pensava tanto em questão de gênero, mas em questões de classe. Porém, ela entende que as mulheres têm mais dificuldade de se colocar na música experimental, tecnológica, o que, em termos, a obriga a ter uma titulação como o Doutorado para ter um espaço neste ambiente. Sua entrada na Sonora lhe mostrou que ela não é a única a sofrer com estas barreiras.

 

 

 

 

 

 

 

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Ata da reunião de 27/03/2017 (interna)

Esta reunião foi dedicada a um painel que a rede está elaborando, com o intuito de apresentar a Sonora – desde sua formação em 2015 até 2017 – para o Congresso da ANPPOM de 2017. Participantes da rede haviam se organizado em grupos anteriormente, com a finalidade de redigir 3 artigos que comporiam o citado painel. O encontro de hoje foi totalmente voltado à redação e discussão sobre estes artigos.

Algumas dificuldades apontadas na confecção dos artigos foram:

  • Carência de bibliografia – como os artigos tratam de relatos de experiências, nenhuma referência bibliográfica parece se encaixar propriamente nas demandas dos textos.
  • Definição de estratégias, tipo de linguagem utilizada, citação de membrxs da rede: como fazer?
  • Dificuldade de dar um tom mais acadêmico aos textos, comparando com outras experiências (quais seriam?)
  • Escassez de tempo em vista da deadline e dúvidas em relação às prioridades a serem observadas.

 

Ao final da reunião ficou combinado que leríamos alguns textos indicados, principalmente, pelas integrantes Camila e Antonilde, que oferecem modelos de escrita sobre interseccionalidade, feminismo e alteridade. Textos como estes podem nos dar uma luz acerca de como continuar os artigos.

Outro ponto apontado como importante foi a maneira de contar o início dos encontros da rede, atentando para o perigo de visibilizar ou invisibilizar pessoas que participaram desde o início ou não.

Questões como quem é a Sonora, quem participa, e como, foram levantadas. Esta discussão já nos ocupou tempos atrás e deve seguir adiante, em reuniões futuras.

 

Próxima reunião:

Série Vozes com Ariane Stolfi.