Ao longo do ano a rede Sonora manteve suas atividades em ambiente virtual. Durante o primeiro semestre nos dedicamos especialmente à realização da série Às vivas, uma iniciativa que surgiu como consequência do isolamento social provocado pela pandemia Covid-19. A ação consistiu numa série de entrevistas ao vivo com mulheres que atuam nas mais diversas áreas da música e da arte sonora. No total, a série teve 7 episódios, com 1h de duração cada (http://www.sonora.me/as-vivas).
No segundo semestre de 2020 nos dedicamos especialmente à parceria estabelecida com o Festival Dystopie, em Berlim (http://www.sonora.me/distopia). A Sonora esteve envolvida em dois eventos dentro do Festival: a) no painel Politics of listening and community building do simpósio Listening as a tool to blow out the bubble, para o qual produzimos um minidocumentário intitulado Listening and affection: the collective experience of building a feminist artistic community; b) na Mostra de Arte Sonora Brasileira (Brazilian Sound Art Showcase), que contou com 20 trabalhos expostos tanto em Berlim quanto na plataforma online do festival.
Em 2020 a rede também se dedicou a duas produções audiovisuais de grande fôlego, dedicadas a duas edições da série Escuta: (http://www.sonora.me/escuta) realizadas em anos anteriores: o recital-conversa Compositoras Latino-americanas, de Eliana Monteiro da Silva, realizado no Auditório do CMU-USP em 2018; e o show da Jazzmin’s Big Band, realizado no Espaço das Artes – USP em 2019.
Uma iniciativa que se desdobrou ao longo de todo ano foi a parceria realizada com a Radio CASo, do Centro de Arte Sonoro de la Casa del Bicentenario, de Buenos Aires. A Sonora apresentou cinco programas na Radio CASo, sendo dois deles dedicados à difusão dos nossos dois primeiros podcasts (Podcast #1 – Alma Laprida e Valéria Bonafé, e Podcast # 2 – Jazzmin’s Big Band), e três dedicados a uma seleção de trabalhos de artistas brasileiras da música experimental, arte sonora e música contemporânea, num primeiro esforço curatorial empreendido pela rede (http://www.sonora.me/playlist).
Ao longo de todo ano a Sonora também fortaleceu o trabalho voltado à produção de podcasts (http://www.sonora.me/podcast). Além da difusão do Podcasts #1, produzido e lançado em 2019, e da produção e lançamento do Podcast #2, a Sonora deu início à criação do seu terceiro podcast, dedicado ao trabalho da artista colombiana Ximena Alarcón, com previsão de lançamento para 2021. Como parte do conteúdo desse terceiro podcast, a Sonora realizou coletivamente a gravação de Ear Piece 1998, de Pauline Oliveros.
Em 2020 as atividades da rede também incluíram leituras e discussões de textos, e a elaboração de propostas para dois editais públicos de financiamento (“Arte como respiro” do Itaú Cultural, e “Tramas democráticas”, do Goethe Institute).
Além da manutenção de suas séries e projetos regulares, para 2021 a previsão é que a Sonora seja uma importante parceria para a realização de uma edição brasileira do Festival Dystopie, já com apoio em negociação com o Goethe Institute. A Sonora também já tem em sua agenda uma possível parceria com o MAC – Museu de Arte Contemporânea para a realização de um projeto artístico.