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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 2) – Inflexos Transcorpo (Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos)

Burka In Trans

Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos

 

Burka In Trans é um processo criativo, um “experimento social performático” que culminou na composição de uma peça áudio-visual, composta de fragmentos gravados na vivência de uma semana de uso cotidiano da Burka na cidade de São Paulo. O projeto foi selecionado para a 9º In Sonora: Muestra de Arte Sonoro e Interactivo, em Madrid. O áudio foi apresentado no festival, nos dias 4,5 e 6 de Março de 2016 na Casa Encendida, Madrid- ES. Este processo criativo teve como inspirações:atuar nas esferas de sensibilidade, intervir na estrutura perceptual do outro,operar contra a adaptação perceptual do cotidiano,cartografar subjetividades mesmo que modestamente,contribuir para ações que carreguem em si o potencial de avançarmos nos processos de descolonização do imaginário.

 

bkencontra

 

Inflexos Transcorpo (Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos)

Inflexo – o contrário do reflexo – o reflexo ao contrário.

Transcorpo- um corpo que transpõe barreiras normativas e se transforma constantemente. corpo exposto as conexões do “fora”.

Processo criativo e de pesquisa transdisciplinar de co-autoria entre a fotógrafa Marilia Vasconcellos e a escritora Paloma Klisys. Inflexos Transcorpo propõe ações que caminham no sentido de provocar a desconstrução do “corpo colonizado” e da corporalidade rotineira. A exploração das transconexões entre arte e filosofia, cria um campo de experimentações com diversas linguagens artísticas (fotografia, arte sonora, poesia, artes visuais, artes plásticas), a partir de derivas e intervenções abertas a participação de público aleatório.

  • http://www.inflexostranscorpo.com.br

     

    burkaencontra

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Espaço Aberto (bloco 2) – Ghost notes & Gruta

Tédio horizonte da rotina

Ghost notes & Gruta

 

“Tédio Horizonte da Rotina” é um projeto audiovisual de um filme que se constrói durante a performance.

A montagem que acontece em tempo real se dá através da manipulação de fotografias retroprojetadas, numa investigação aos princípios de teoria da montagem cinematográfica, como era feito com a moviola.

A mise em scène rompe com os limites conceituais das quatro paredes cinematográficas quando a extra diegese também pode ser entendida como parte do quadro, assim como a narrativa em voz off também pode ser entendida como voz over. Essa estrutura, aliada a voz que aparece e desaparece, tensiona esses limites de percepção do que se vê durante a criação e desenvolvimento da performance.

Tendo como base a cidade de Belo Horizonte, Ghost Notes (Jiulian Regine), expõe fotos tiradas dos mesmos lugares sob pontos de vistas praticamente iguais, retratando assim a rotina massiva dos trechos que percorreu durante o período de 5 meses. Desloca o ponto de vista habitual trazendo a cidade como observadora de seus habitantes, numa narrativa incansável sob as quinas inóspitas largadas nas madrugadas metropolitanas. Uma crítica a estética do abandono civilizatório e aos abusos psicológicos que a rotina nos causa.

A trilha que também é construída ao vivo é composta por Gruta (Anelena Toku) que utiliza um sintetizador e pedais de efeito para gerar camadas de som e ruídos que interpretam essa narrativa.

 

Ghost Notes [Jiulian Regine]

jiulian

É um projeto audiovisual de Jiulian Regine, que investiga através da imagem, estática ou não, a inquietação política do seu ser. Como viver na contemporaneidade sem sofrer os abusos sociais impregnados pelas construções civilizatórias? Esse descontento é a premissa de suas pesquisas poético-afetivas que tanto quanto a vida, habita a incoerência dos fatos para dar forma ao que se vê, pensa, fala e recorda em seus temas.

Jiulian Regine é baterista, estudante de fotografia, cinema, butô e co-fundadora do selo Hérnia de Discos. Atualmente toca nas bandas Post, Sara Não Tem Nome e La Burca.
Com 26 anos tem discos lançados, curta-metragens, video-arte e é performer.

 

Gruta [Anelena Toku]grut

Gruta é Anelena Toku, artista/artesã, vem desenvolvendo uma prática transdisciplinar ligada as artes desde muito cedo. Hoje tem focado sua pesquisa no universo audiovisual, principalmente documental.

Além do trabalho autoral, participa da Companhia Rapadura, coletivo de fotografia analógica que realiza exposições e publicações desde 2012.

Desde 2012, com o projeto Gruta, vem realizando gravações em estilo faça você mesmx com ruídos, camadas de vozes e outros instrumentos. Em 2015, formou o Fronte Violeta, duo de música experimental com Carla Boregas. As apresentações do Fronte Violeta envolvem experiências sonoras com beats eletrônicos somados a texturas criadas a partir de sintetizadores analógicos, digitais, osciladores caseiros, vozes, gravações de campo e loops. Ainda em 2015, lançaram o primeiro trabalho ‘Travessias’ em fita cassete pela Dama da Noite Discos.

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Espaço Aberto (bloco 2) – Gabrielle Haddad

Entrever

Gabrielle Haddad

 

Entrever, seria uma proposta de sugerir um olhar entreaberto, um ouvir por entre frestas, imagens sutis e sonoridades enigmáticas, que aos poucos vão se revelando. Com a intenção de causar uma reação imersiva, intimista, em que a sobreposição dos sons perpassa feito um mantra que vai se repetindo lentamente. As declamações são textos próprios, poéticos, como se adentrassem na mente da artista. Uma sensação onirica, de sonhos fragmentados.

A apresentação em si se trata de uma instalação sonora que engloba poesia declamada, sons sobrepostos, e um vídeo, que ficará rolando por de trás (parede branca ou tecido). Contudo as criações de áudio foram gravadas e manipuladas com o auxílio de recursos digitais (programas de computador e aplicativos de celular), que puderam captar ruídos: de pessoas, animais, objetos cotidianos, paisagens urbanas e campestres, instrumentos musicais (piano, escaleta, entre outros). Estes materiais sonoros foram justapostos com declamações (palavras faladas em voz alta), experimentações vocais (sussurros, assobios, etc.), incluindo efeitos e filtros de edição eletrônicas até mesmo sonoplastias pré-definidas

O som estará saindo de um laptop (para as caixas de som no espaço), em que as criações sonoras vão se intercalando, posteriormente a artista tocará instrumentos de sopro (escaleta, flauta), e declamará alguns textos, criando efeitos sonoros com a voz. Já o video retrata fotografias em movimento, da autoria da artista também, rolando concomitantemente.

 

Gabrielle Haddaddsc05832

Gabrielle `Agah` Haddad, 26 anos, nascida na capital paulista. Sempre gostou de mesclar palavras e imagens, desde cedo tinha o habito de escrever poesias, diários. Teve contato com instrumentos e teorias musicais, frequentou aulas de piano. Em 2014 formou-se em Artes Visuais, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Desde então, procura interligar as suas criações de forma mais palpável, encontrando na linguagem audiovisual e sonora uma maneira de se expressar, mesmo que sutilmente. Apresentou sua obra como instalação na Fundação Ema Klabin em 2013, e no espaço Ibrasotope de Musica experimental, em 2015 e 16 de forma ao vivo. Recentemente lançou um album próprio online com o selo independente Malware.

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Espaço Aberto (bloco 2) – Mariana Carvalho e Sarah Alencar

A pele do golpe 

Mariana Carvalho e Sarah Alencar

O duo existe a partir da urgência de gritarmos enquanto mulheres músicas, criadoras e performers, que transitam entre diversas práticas artísticas. Buscamos unir diferentes referências musicais que nos movem e a partir dessa pesquisa criar composições, improvisações e arranjos.

Permeadas por feminismos, nos debruçamos sobre trabalhos de artistas mulheres como Meredith Monk, Juçara Marçal, Iara Rennó, Iva Bittová, Björk, Nina Simone e Violeta Parra. Também trazemos para este trabalho nossas pesquisas relacionadas a vocalidades contemporâneas, técnicas estendidas e eutonia, que se refletem nas experimentações de linguagens.

Como abertura deste processo que se iniciou há poucos meses, propomos apresentar no Espaço Aberto da Encontra Sonora 2016 uma criação que nasceu de nossas experiências – sentidas na pele – frente aos absurdos vividos em manifestações contra o golpe que estamos vivendo. Este trabalho mescla elementos de canção, já que partimos de um poema autoral para sua criação, e improvisação, experimentando um entre-lugares e experienciando sonoridades.

 

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Pianista, improvisadora e performer, é aluna da graduação em piano na Universidade de São Paulo. Faz parte da rede Sonora, da Orquestra Errante, da Camerata Profana (grupo dedicado à musica de invenção e improvisação), e do Coro Profana (laboratório vocal experimental). Pesquisa eutonia e improvisação livre em iniciacao cientifica pela FAPESP. Estuda eutonia com Miriam Dascal e Daniel Matos, e realizou performances sobre gênero e violência com o núcleo AANGA. Participou tocando piano em algumas peças de teatro do circuito universitário e do Club Noir.

 

                                                                       Sarah Alencar

sarahNascida em Goiânia, Sarah Alencar é graduada em Música – bacharel em composição pela Universidade de São Paulo. Entre 2014 e 2015 atuou como compositora e diretora musical na “Ópera do desaparecimento”, contemplada pelo PROAC 2014. Atualmente integra como cantora, flautista e oficineira o grupo Saracura, atuante em hospitais; como cantora, flautista, violonista e arranjadora o trio Maria Fumaça; participa do grupo de Teatro Arte e Fatos como compositora e diretora musical; do Coro Profana, laboratório de experimentação vocal e corporal; é artista orientadora do

Vocacional Música, atuante no CEU Navegantes; e preparadora vocal e flautista convidada da banda As Bahias e a Cozinha Mineira.