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Ata da 7ª Reunião – GE – 25/04/2016

Pauta

  • Sobre visita ao Núcleo Consciência Negra, que foi assunto do último encontro: Mariana ficou responsável por entrar em contato com membros do núcleo para programar uma visita da Sonora. Entrou em contato com o coletivo Opá Negra, voltado a questões sobre racismo na ECA USP. O coletivo não é feminista mas tem pouquíssimos homens, o que acaba sendo um precedente para o surgimento de discussões de gênero. Ana Paula Marcelino, membro do Opá Negra, convidou xs membrxs da Sonora para participar da 3ª edição da USPRETA, em maio, que tem como tema a produção da mulher negra no espaço da arte.
  • Sara trouxe informações sobre o grupo de mulheres de que participa no Vocacional, que tem vários eventos focados no gênero.

GE – Texto de Bel Hooks “De mãos dadas com minha irmã”, do livro Ensinando a Transgredir

  • Davi Donato expos o texto a partir de 3 momentos: escravidão, emancipação e feminismo. Ele observa que o texto não tem formato muito acadêmico, tem poucas citações e fontes, principalmente em relação a contextos históricos.
  • Em relação a esta questão, Antonilde Rosa, que havia sugerido a leitura deste texto, apontou que a escrita coloquial é uma estratégia de transgressão. Hooks usa uma linguagem acessível, sem se preocupar em se adequar a qualquer formato.
  • Hooks entende que a separação entre mulheres brancas e negras não diminuiu com o fim da escravidão, só ficou menos evidente. Ela inclusive aponta um maior distanciamento da “patroa” em relação à família da empregada doméstica, já que esta última trabalha longe da própria casa.
  • Enfocando as relações na academia, Hooks vê uma certa dificuldade de pesquisadoras brancas em ouvir pesquisadoras negras. A escrita geralmente não é pautada em depoimentos reais.
  • Em relação ao empoderamento feminino, o texto critica situações onde mulheres brancas que tem acesso a cargos de poder assumem posturas idênticas às machistas. Reproduzem relação serva-senhora na academia, querendo falar mais da negritude que as próprias negras. Atitudes como estas reforçam paradigmas de dominação.
  • Um ponto levantado foi que mulheres brancas de nível econômico menos elevado se colocam mais ao lado das negras, pela empatia na discriminação.
  • Ao final da discussão ficou claro que xs membrxs da Sonora não tinham ideia do que pensavam as mulheres negras a respeito de sua relação com as brancas. Todxs concordaram que há um longo caminho a percorrer para entender melhor o feminismo negro e, até, a própria branquitude, como apontou Bel Hooks. Antonilde Rosa sugere a leitura da tese da Juliana Werneck sobre a dificuldade das mulheres brancas de circular em ambientes públicos, prática a que às negras era permitido. Juliana é do Rio de Janeiro, da ONG Crioula. Ela é médica, engenheira e fez Mestrado e Doutorado em Comunicação.

Planejamento da próxima reunião – interna – dia 02/05/2016

  • Divulgação de eventos no calendário
  • Oficina sobre equipamentos de transmissão
  • Notícias do evento de Lilian Campesato em Londres

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